A diminuição do estrogênio em mulheres aos 50 anos coloca o metabolismo em xeque. Perde-se músculo, aumenta a tendência a ganhar peso e pode aumentar o colesterol, o açúcar e a pressão arterial.
Por volta dos 50 anos , algumas mulheres tendem a engordar comendo a mesma coisa. Seu metabolismo diminui e eles acumulam mais gordura no abdômen. Eles também podem aumentar os níveis de colesterol e açúcar no sangue , bem como os valores da pressão arterial.
Tudo isso aumenta o risco de síndrome metabólica (um conjunto de fatores de risco cardiovascular que incluem glicose e triglicerídeos elevados, aumento do colesterol LDL e diminuição do colesterol HDL, e aumento da pressão arterial e obesidade predominantemente abdominal).
Isso não significa que a menopausa leve à síndrome metabólica, mas aumenta a suscetibilidade ou vulnerabilidade metabólica da mulher devido à diminuição do estrogênio, ou seja, seu metabolismo deixa de ser tão eficiente e favorece o aparecimento de fatores de risco cardiovascular.
QUAIS FATORES INFLUENCIAM O METABOLISMO?
O metabolismo é o conjunto de processos químicos e físicos que ocorrem no corpo para obter energia. 60% desse consumo de energia é investido em funções vitais, como respirar ou triturar alimentos para a digestão. Isto é o que é conhecido como metabolismo basal . A partir daqui, toda a atividade física que fizermos envolverá um gasto calórico que será somado ao que nosso corpo faz simplesmente para funcionar.
Em uma pessoa adulta, o metabolismo basal já consome cerca de 1.400 calorias. Os fatores que influenciam o gasto basal a ser maior são, além da altura e volume corporal da pessoa , idade e musculatura .
O músculo é o tecido metabólico mais ativo do corpo, aquele que gera mais energia térmica. Quanto mais músculos você tem, mais energia você consome também quando está em repouso . E com a idade tendemos a perder músculo e ganhar tecido adiposo, e é por isso que o metabolismo fica mais lento.
POR QUE O METABOLISMO DIMINUI AOS 50 ANOS NAS MULHERES?
À medida que a atividade dos ovários cessa na menopausa, a produção de estrogênio despenca. Entre suas múltiplas funções, os estrogênios ajudam a manter o tecido muscular , tanto os músculos do sistema musculoesquelético quanto os mais internos ligados aos órgãos.
Portanto, quando os níveis desses hormônios são reduzidos , perde-se massa muscular , queima-se menos calorias e ganha-se peso com mais facilidade. Isso explicaria por que as mulheres tendem a ganhar peso na menopausa. Em muitos casos a balança mostra apenas 5 ou 6 quilos a mais, mas na realidade eles podem ter ganho 10 quilos de gordura e perdido 5 de músculo.
POR QUE VOCÊ ACUMULA MAIS GORDURA ABDOMINAL AOS 50 ANOS?
Nessa fase da vida da mulher, a tendência de ganho de peso aumenta, pois ao perder massa muscular, queima-se menos calorias em repouso, mas também há a tendência de acumular mais gordura no abdômen.
A redução do estrogênio na menopausa causa um desequilíbrio em relação à testosterona , de modo que a proporção desse hormônio é maior. A testosterona favorece o acúmulo de gordura abdominal . O acúmulo de gordura abdominal aumenta o risco cardiovascular.
POR QUE O COLESTEROL RUIM PODE AUMENTAR E O COLESTEROL BOM DIMINUIR AOS 50 ANOS NAS MULHERES?
Os números de colesterol bom (HDL) tendem a ser maiores nas mulheres do que nos homens devido ao estrogênio.
Os níveis de estrogênio variam dependendo da fase do ciclo menstrual. À medida que os níveis de estrogênio aumentam, o colesterol HDL também aumenta, e os níveis de colesterol LDL (ruim) e total caem.
Mas quando chega a menopausa, o efeito benéfico do estrogênio nos níveis de colesterol desaparece e os números podem subir acima do normal em muitas mulheres, especialmente se já havia uma tendência a ter colesterol alto.
POR QUE OS NÍVEIS DE AÇÚCAR NO SANGUE PODEM SUBIR AOS 50?
A queda no estrogênio também é responsável pelo aumento do risco de diabetes tipo 2 em mulheres na faixa dos 50 anos.
Os estrogênios participam do bom funcionamento das células do pâncreas. O déficit desses hormônios está associado a uma diminuição na produção de insulina.
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