O especialista explica ainda as causas que influenciam o aparecimento deste problema: “Em resposta a um aumento significativo da temperatura exterior, o corpo tenta equilibrar a sua temperatura interna perdendo calor e fá-lo dilatando o sistema microcirculatório da pele e gordura subcutânea. A transpiração aumenta e o calor é perdido. Essa dilatação dos microcapilares e das veias contribui para agravar os sintomas da insuficiência venosa, com aparecimento de maior cansaço, peso nas pernas e inchaço dos tornozelos”.
A temperatura, destaca o médico, é, portanto, uma das muitas variáveis que influenciam os sintomas da insuficiência venosa e linfática, mas não é a mais importante, em sua opinião. “A falta de exercício físico ou a obesidade terão um impacto maior na sua evolução”, conta.
Podemos prevenir esse problema, evitar que os pés inchem?
O médico diz-nos que, embora as meias elásticas de compressão sejam a melhor solução, no verão são mal toleradas e por isso é importante escolher tecidos respiráveis e aumentar o exercício físico ou banhos com água fresca para melhorar os sintomas. “No inverno acontece o contrário, o corpo retém calor, diminui o calibre do sistema microcapilar e os sintomas de insuficiência veno-linfática melhoram. As meias elásticas também são mais bem toleradas como regra geral e contribuem para a melhoria”, detalha.
Uma vez que eles incham, o que podemos fazer para melhorar a situação?
Deve-se ter em mente que se o inchaço persistir ao longo do tempo, não melhorar com simples medidas posturais ou se houver um aumento súbito do inchaço, um especialista deve ser consultado. Nessas situações, é preciso ter cuidado. E o médico considera que outros sinais de que algo está errado seriam quando a perna dói ao caminhar ou ao comprimi-la com a mão; há áreas quentes e avermelhadas da pele ou há uma lesão na pele com vazamento de conteúdo líquido
“Em princípio, a primeira coisa que o médico fará é descartar problemas no funcionamento do sistema venoso das extremidades por meio de um estudo de eco-Doppler venoso. É fundamental que isso seja feito por um especialista em angiologia e cirurgia vascular”, conclui recomendando o especialista da Sanitas.
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