Os comprimidos para dormir fazem parte da nossa cultura social. Há muitas pessoas que recorrem a eles em nosso país. De fato, a Espanha lidera o consumo europeu de benzodiazepínicos, segundo a Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos de Saúde.
Esses medicamentos são um grupo de medicamentos sedativos, hipnóticos e ansiolíticos e são frequentemente prescritos para lidar com insônia, problemas de sono relacionados ao estresse ou ansiedade. Lorazepam, diazepam, alprazolam, clordiazepóxido, clorazepato são alguns dos exemplos deste grupo de pílulas para dormir.
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Esta utilização diária deve-se, como explica o Dr. César Montiel, da Neolife, ao curto tempo de avaliação que o médico dispõe para cada doente, tempo “que foi reduzido ao extremo e que muitas vezes conduz a um diagnóstico impreciso. principais patologias, nas quais esses medicamentos são utilizados, pois são a forma mais rápida e barata de tratá-la”.
O risco de comprimidos para dormir
Sabemos que os medicamentos são muito úteis quando são realmente necessários. E os benzodiazepínicos têm se mostrado eficazes no tratamento de problemas como a ansiedade e, assim, evitar a insônia que ocorre quando nosso sistema nervoso está alterado. No entanto, devem sempre ser usados sob prescrição médica e por curtos períodos de tempo.
Como lembra César Montiel, os benzodiazepínicos podem criar dependência. Mas, além disso, seu consumo repetido pode aumentar o risco de sofrer de Alzheimer.
“A associação mais forte observada com exposições prolongadas reforça a suspeita de uma possível associação direta, mesmo quando o uso de benzodiazepínicos poderia ter sido um marcador precoce de uma condição associada a um risco aumentado de demência”.
Outros efeitos colaterais são déficit cognitivo e falta de coordenação motora, que podem levar a acidentes de trânsito, instabilidade, quedas e fraturas. Eles também podem causar o agravamento de alguns estados depressivos, por diminuir a serotonina e a norepinefrina.
Por isso, antes de tomar essas pílulas, os especialistas aconselham “esgotar todas as medidas de higiene do sono e experimentar suplementos e remédios naturais que possam nos ajudar a combater a insônia sem medicamentos para dormir”.
Essas são algumas das medidas.
Estabeleça uma rotina
Quando as crianças são pequenas, elas são ensinadas a criar uma rotina na hora de dormir. Escove os dentes, sem tablet ou celular, leia uma história na cama e apague as luzes para dormir e descansar.
No entanto, sabemos que é bom para os mais pequenos, mas esquecemos que também é benéfico para nós. Criar uma rotina é saudável, prepara o corpo para o sono e ajuda a prevenir a insônia e as pílulas.
Tome um banho relaxante
Qual é o motivo pelo qual é aconselhável tomar um banho quente antes de dormir para evitar a insônia e não ter que recorrer a medicamentos? De acordo com estudos científicos, a água quente ajuda a regular a temperatura, a glândula pineal estimula a secreção de melatonina e as fases do sono são reguladas, de acordo com a revista médica Sleep Medine Reviews.
Vida saudável e dieta saudável
Comer bem e não estar acima do peso é um fator de saúde que afeta o bem-estar geral e o sono em particular. Além disso, é necessário evitar jantares copiosos e alimentos que podem retardar ou dificultar a digestão no final do dia, como frituras, alho, alimentos condimentados, etc. Evite também beber muitos líquidos antes de ir para a cama, pois aumentará seu desejo de ir ao banheiro e isso dificultará um sono reparador.
Faça exercícios regulares
O exercício é bom para todo o corpo e, claro, para dormir melhor. Existem muitos estudos que afirmam que fazer atividade física moderada todos os dias reduz o tempo para adormecer e melhora a qualidade do sono.
Isso foi observado por uma pesquisa da Universidade de Tsukuba (Japão) que analisou como o exercício vigoroso influenciou a qualidade do sono usando uma ferramenta, o coeficiente de variação do envelope (CVE), que permite quantificar a qualidade do sono.
Também é aconselhável passar algum tempo se exercitando ao ar livre para absorver a vitamina D, já que um déficit dessa substância piora a qualidade do sono, segundo uma publicação no ‘Journal of Clinical Sleep Medicine’.
As sonecas são melhores se forem curtas
Há pessoas que precisam desesperadamente tirar uma soneca. E a ciência descobriu que essa necessidade é determinada pela genética.
Isso é indicado por pesquisas publicadas na Nature. Este trabalho conclui que há pessoas propensas a dormir mais. Você pode não estar neste grupo, mas se perceber que as sonecas ‘dá vida’, lembre-se de que é importante que elas sejam curtas. Cerca de 20 minutos são suficientes para o seu cérebro descansar.
Evite bebidas excitantes antes de dormir
Chá, café, refrigerantes de cola não promovem o sono. Claro, se você tomá-los antes de dormir. E é que a ciência viu que se a cafeína for consumida quatro horas antes de dormir, a qualidade do sono não piora. Esta é a conclusão de um estudo recente publicado na revista Sleep e conduzido pela Florida Atlantic University (FAU). De qualquer forma, o autor do estudo lembra que as quantidades podem afetar e que cada pessoa pode reagir de forma diferente dependendo de sua sensibilidade a essa substância excitante.
Álcool ou nicotina, os inimigos do sono
A mesma investigação corroborou um dos alertas de muitos especialistas: o álcool não facilita o sono e, apesar dessa falsa sensação de sonolência, a verdade é que o atrapalha, diminui sua qualidade e dificulta a continuação do sono.
A mesma coisa acontece com a nicotina, de acordo com este trabalho publicado na revista Sleep. Fumar, de fato, pode ser muito negativo para pessoas com insônia.
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