Nos últimos anos, mais e mais pessoas decidiram seguir uma dieta vegetariana ou vegana .
No entanto, são cada vez mais os estudos que alertam para os riscos que podem acarretar para a saúde óssea.
O veganismo não leva apenas em conta a alimentação, é sim um estilo de vida onde se evita consumir produtos de origem animal (desde mel a cosméticos que experimentam em animais ou sapatos de couro, por exemplo).
Em contraste, o vegetarianismo se concentra na dieta e, embora os vegetarianos não comam carne ou peixe, eles tendem a ser mais flexíveis quando se trata de incluir produtos de origem animal (como laticínios ou ovos ) em seus menus.
QUE RISCO DE OSTEOPOROSE OS VEGANOS E VEGETARIANOS TÊM?
Segundo pesquisa da Universidade de Oxford, veganos (que não comem nada de origem animal ) têm até 2,3 vezes mais risco de quebrar o quadril do que aqueles que comem carne. Em contraste, nos vegetarianos o risco aumenta apenas em 1,25 pontos.
O aumento do risco de fraturas não afeta apenas os quadris : as chances de sofrer qualquer outro tipo de fratura (especialmente se localizadas na perna ou no tornozelo) também são maiores entre os veganos. “Para cada 1.000 pessoas, em 10 anos houve cerca de 20 fraturas a mais entre os veganos “.
De acordo com este estudo, o risco de fratura é maior em veganos do que em vegetarianos porque a ingestão de proteína e cálcio é maior neste último grupo. Mas não é o único fator que influencia. Os veganos tendem a ter um índice de massa corporal (IMC) mais baixo , o que pode tornar o quadril menos protegido e mais vulnerável a possíveis quedas ou desgaste ósseo.
COMO UMA DIETA VEGETARIANA AFETA OS OSSOS DAS MULHERES?
Dos 3 milhões de pessoas que sofrem de osteoporose na Espanha, 2,5 são mulheres . As mulheres desenvolvem menos ossos do que os homens ao longo da vida, por isso correm maior risco de sofrer com isso. Mas o principal motivo é a chegada da menopausa, pois com ela o nível de estrogênio, um hormônio fundamental para a formação óssea adequada, despenca. É por isso que as mulheres na pós-menopausa são as principais candidatas a sofrer com isso.
Agora, outro estudo publicado na revista BMC Medicine revela que as mulheres que não comem carne e peixe têm um risco 33% maior de fraturas de quadril . Para chegar a essa conclusão, os casos de mais de 26.000 mulheres foram acompanhados por 20 anos.
“As dietas vegetarianas podem variar muito de pessoa para pessoa e podem ser saudáveis ou não, assim como as dietas que incluem produtos de origem animal, mas é preocupante que as dietas vegetarianas tendam a ter menor ingestão de nutrientes ligados à saúde óssea e muscular, como proteínas. , cálcio e outros micronutrientes que geralmente são mais abundantes na carne. A baixa ingestão desses nutrientes pode levar a uma menor densidade mineral óssea e massa muscular, o que aumenta o risco de fratura de quadril” , explica James Webster, primeiro autor do estudo.
COMO OBTER CÁLCIO SUFICIENTE PARA SEUS OSSOS SE VOCÊ É VEGANO?
Para o Dr. Tong, autor do estudo da Universidade de Oxford, hoje é mais viável obter o cálcio necessário do que nos anos em que os dados do estudo começaram a ser coletados. “Nos anos 90, as bebidas vegetais eram muito menos enriquecidas do que agora” , esclareceu.
Apesar disso, não é fácil alcançar bons níveis de cálcio para veganos se eles não souberem quais são suas principais fontes vegetais e como podem tirar o máximo proveito delas.
Em relação à suplementação , nas conclusões do relatório os autores admitem que “somente conseguimos contabilizar as diferenças no cálcio dietético, mas não as diferenças no uso de suplementos de cálcio, pois os dados sobre este último não estavam disponíveis” .
Portanto, é uma opção a estudar e considerar, o que pode contribuir para uma melhor saúde óssea nos casos em que você não obtém cálcio suficiente através dos alimentos.
“As pessoas precisam considerar os benefícios e riscos de sua dieta, certificar-se de que obtêm níveis adequados de cálcio e proteína e também manter um IMC saudável, ou seja, nem muito baixo e nem muito alto ”, conclui o principal autor da pesquisa. .
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