Ele atinge igualmente homens e mulheres, ocorrendo na maior parte das vezes a partir dos 50 anos, porém pode ocorrer antes. Costuma apresentar sintomas em fases mais avançadas, mas também pode ser silencioso, sobretudo no estágio inicial. Fato é que tanto o diagnóstico quanto a prevenção ao câncer colorretal passam, necessariamente, por um mesmo procedimento: o exame de colonoscopia. No calendário de saúde brasileiro o mês de março recebe a cor azul marinho e é dedicado à conscientização sobre esta doença que, somente em 2022, deve registrar 40 mil novos casos novos no Brasil e quase 2 milhões em todo o mundo, sendo a segunda causa mundial de morte por câncer, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca) e o Globocan 2021, banco de dados ligado à Agência Nacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc).
“Precisamos compreender a importância da colonoscopia. Durante o exame, que observa internamente todo o intestino grosso, é possível, além de fazer o diagnóstico, realizar um tratamento preventivo através da remoção de pólipos (pequenas “verrugas”) que são a origem da maioria dos cânceres colorretais”, explica o cirurgião oncológico Gilmar Ferreira do Espírito Santo, da Oncomed-MT. “A colonoscopia é recomendada para todas as pessoas a partir dos 50 anos. Deve também ser realizada, independentemente da idade, quando existe a presença de sintomas suspeitos, em pessoas com história de familiares próximos com câncer colorretal e síndromes polipoides – ou quando o médico avaliar ser necessário. Como prevenção e rastreio, a colonoscopia deve ser feita a cada cinco ou dez anos, a depender da análise médica.
O câncer colorretal atinge o intestino grosso (cólon) e reto, costumando apresentar sintomas na fase mais avançada, dentre os quais sangue nas fezes, diarreia, constipação, dor abdominal, cólicas, prisão de ventre e perda de peso sem motivo aparente, de surgimento recente e persistente. Quando diagnosticado precocemente, pode ser curado na quase totalidade das vezes. O tratamento deve ser definido de acordo com a fase da doença e a localização do tumor, podendo incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia.
Fatores de risco – O INCA destaca como fatores de maior risco ao desenvolvimento deste tipo de câncer, além da idade, obesidade, alimentação inadequada. O Instituto também aponta a existência de histórico familiar, sedentarismo, obesidade, tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas como fatores de maior propensão à doença. “Pacientes com doenças inflamatórias intestinais, à exemplo da retocolite ulcerativa e Crohn, também fazem parte do grupo de risco, devendo seguir seus respectivos tratamentos à risca e buscar manter hábitos saudáveis”, observa o médico.
Colostomia
Procedimento por meio do qual uma parte do intestino grosso é exteriorizada e recebe uma bolsa para coleta de fezes. “A colostomia ou “bolsa de colostomia”, como é popularmente conhecida, pode ser evitada na maioria das vezes, principalmente quando o diagnóstico é precoce, sendo possível planejar a cirurgia com antecedência”, pontua.
No prato – A adoção de rotinas saudáveis, aliando a prática de atividade físicas à uma alimentação equilibrada ajuda a preservar a saúde do aparelho digestivo. Neste sentido, evitar o consumo excessivo de embutidos e carne vermelha, intensificar a ingestão de frutas e de fibras vegetais são importantes medidas de prevenção ao câncer colorretal.
Mitos e Verdades da colonoscopia
Conteúdo divulgado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) traz esclarecimentos sobre o câncer colorretal.
Gostaria de conferir? Veja abaixo
Muito têm se falado sobre o câncer de intestino e sua relação estreita com os hábitos de vida, o comportamento alimentar e a exposição a fatores de risco. Mas também há muitas informações infundadas sobre essa doença. Por isso, decidimos expor aqui os mitos e verdades sobre o câncer colorretal.
Neste artigo, vamos apresentar crenças populares e explicar o que há de realidade em cada uma delas. Siga conosco para manter-se bem informado sobre os cuidados preventivos, o diagnóstico e o tratamento deste tipo de câncer.
O câncer colorretal atinge o intestino grosso (o cólon),reto e ânus – você pode saber mais sobre o câncer colorretal em nossa área de Orientações aos Pacientes. A intensidade da doença e o tratamento indicado dependem do estágio em que a doença foi diagnosticada.
Por isso, cada caso é um caso. E como sempre gostamos de lembrar, o importante é sempre se basear em fontes de confiança, derrubando as falsas crenças, como faremos a partir de agora, seguindo as informações do Instituto Nacional de Câncer.
1. A doença geralmente não apresenta sintomas em sua fase inicial
VERDADE
O câncer colorretal pode se desenvolver silenciosamente por um tempo, sem apresentar nenhum sintoma. Os sinais mais comuns são sangue nas fezes, anemia sem causa aparente e alterações no hábito intestinal, como diarreia ou intestino preso. Mas é importante lembrar que estes podem ser sintomas de outras doenças.
2. O câncer colorretal só afeta pessoas com mais de 50 anos
MITO
Apesar da constatação de que a maioria dos casos de câncer colorretal é diagnosticada em pessoas com mais de 50 anos, ele pode afetar pessoas de qualquer idade. Quem tem histórico familiar de câncer colorretal e está exposto aos fatores causadores da doença, pode ter um risco aumentado para câncer colorretal, independentemente da idade.
3. A etnia interfere no risco do câncer colorretal
VERDADE
A razão ainda é desconhecida, mas de acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer) quando comparados todos os grupos étnicos, os judeus de origem europeia oriental carregam o maior risco de desenvolver câncer colorretal. Além deles, as estatísticas mostram que pessoas negras apresentam maior incidência de câncer colorretal — com maiores índices de fatalidade.
4. Mudança de hábitos podem reduzir o risco de ter câncer colorretal
VERDADE
Alguns fatores, como o histórico familiar, estão fora do nosso controle. No entanto, a estimativa é que cerca de 50 a 75% dos casos de câncer colorretal poderiam ser prevenidos com um estilo de vida saudável.
Os principais fatores de prevenção do câncer colorretal são evitar o consumo de embutidos e o excesso de carne vermelha, manter uma alimentação rica em vegetais, praticar exercícios físicos e não fumar.
Neste artigo, falamos sobre a influência da alimentação na prevenção do câncer de intestino e neste outro, mostramos como o sedentarismo pode acentuar o risco de desenvolver diversos tipos de câncer.
Vale a leitura!
5. A alimentação é o único fator de risco para o desenvolvimento de câncer colorretal
MITO
Como mostramos acima, a alimentação é fator preponderante para aumentar o risco do câncer de cólon, mas não é o único. Há um conjunto de fatores — como o tabagismo e o excesso de bebidas alcoólicas — que pode contribuir para o surgimento de um tumor maligno.
6. Obesidade aumenta o risco para desenvolver este tipo de câncer
VERDADE
Tudo está relacionado, como falamos nos tópicos anteriores. Uma rotina de má alimentação e o sedentarismo, assim como o excesso de bebidas alcoólicas, pode levar à obesidade. E é bom ter em mente que essa condição não é um fator de risco apenas para o câncer colorretal, mas também para outros tipos da doença.
7. A colonoscopia é a única forma de diagnosticar o câncer colorretal
VERDADE
A colonoscopia é considerada o exame padrão para o rastreamento do câncer colorretal. O procedimento garante que todo o cólon seja examinado. Se existirem pólipos, eles serão retirados. Além deste, há outros exames auxiliares e complementares, como a colonoscopia virtual, a sigmoidoscopia flexível e o exame de sangue oculto nas fezes, por exemplo.
8. A colonoscopia é um procedimento doloroso e constrangedor
MITO
Embora possa causar algum incômodo, a colonoscopia não é um procedimento doloroso e nem constrangedor como a maioria das pessoas acredita. O exame é rápido (costuma durar entre 15 e 30 minutos) e o paciente é sedado, o que evita qualquer desconforto ou constrangimento.
9. Encontrar um pólipo é diagnóstico de câncer colorretal
MITO
Em muitos casos, os pólipos podem ser benignos ou formações pré-cancerígenas. De qualquer forma, é preciso retirá-los já que, em alguns casos, podem evoluir para o câncer. No entanto, em vias gerais, ter um pólipo não é sinônimo de câncer colorretal.
10. Todas as pessoas que têm câncer colorretal precisam usar a bolsa de colostomia
MITO
Até alguns anos atrás, o tratamento do câncer colorretal passava, invariavelmente, pela colostomia, que é a exteriorização de uma parte do intestino grosso para eliminação de fezes e gases. Com avanço das técnicas cirúrgicas e das opções de tratamento, a colostomia deixou de ser uma opção frequente e, quando necessária, costuma ser temporária.
Se você está em algum grupo de risco para o desenvolvimento do câncer colorretal, este pode ser o momento de mudar de vida. A melhor forma de começar é com alterações leves na rotina, sempre com apoio e acompanhamento especializado.
Sempre que quiser saber mais sobre assuntos relacionados à prevenção, diagnóstico e tratamento deste e outros tipos de câncer, conte com nossos conteúdos. Todos são produzidos com o objetivo de conscientizar cada vez mais pessoas sobre a importância desse cuidado.
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