O câncer de pâncreas é um tipo de câncer que se espalha a partir da glândula pancreática. É uma das neoplasias mais agressivas devido à sua rápida difusão, ausência de sintomas específicos precoces e diagnóstico tardio.
É que mesmo quando diagnosticados, os pacientes apresentam doença avançada e até metástase. Nesse contexto, uma investigação recente mostrou como uma análise poderia detectá-lo a tempo, salvando milhões de vidas em todo o mundo.
O câncer de pâncreas é o décimo tumor mais frequente nos países industrializados, embora tenha uma alta taxa de mortalidade. E embora não seja um dos mais diagnosticados, é um dos mais letais, e é, sobretudo, porque é diagnosticado muito tarde e porque não há muitos tratamentos terapêuticos.
Mas parece que a ciência deu um grande passo na detecção desse tipo de câncer, graças a um trabalho de pesquisa onde se propõe a análise de fezes para detectá-lo a tempo.
Seguindo essa linha, um grupo de cientistas encontrou uma assinatura molecular de 27 microrganismos em amostras de fezes que poderia ser usada para detectar pacientes com alto risco de adenocarcinoma ductal pancreático, o câncer de pâncreas mais frequente, e até mesmo diagnosticar casos desses pacientes com estágios mais precoces da doença. Portanto, essa análise seria fundamental na expectativa de vida dos pacientes com essa doença.
Saiba mais sobre o teste para detectar câncer de pâncreas
Os cientistas solicitaram uma patente sobre esses resultados para desenvolver um kit de diagnóstico de câncer de pâncreas que detecta esses genomas microbianos em amostras de fezes de forma rápida, não invasiva e barata, sendo crucial para o futuro da ciência no que diz respeito a esse tipo de câncer .
Como se sabia, a pesquisa será publicada na prestigiada revista de gastroenterologia ‘Gut’, algo que mantém a comunidade científica em suspense devido à importância que essas contribuições e desenvolvimento de análises no campo do câncer podem ter.
É necessário lembrar à população que os sintomas do câncer de pâncreas são silenciosos e que aparecem na última fase da doença, quando os tumores muitas vezes não podem ser removidos por cirurgia, daí a importância da detecção precoce.
