Brasil já registrou mais de 320 mil mortes por doenças cardiovasculares em 2019

Atividade física, alimentação balanceada e controle médico podem evitar infartos e AVC's

Fonte: CenárioMT

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Segundo dados da plataforma Cardiômetro, da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), mais de 289 mil pessoas morreram em decorrência de doenças cardiovasculares, como o acidente vascular cerebral (AVC) e a endocardite.


No mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte. Em um levantamento de 2015, a entidade informa que, naquele ano, o total de óbitos envolvendo essas enfermidades chegou a 17,7 milhões, representando 31% das mortes registradas em âmbito global.

Só no Brasil, até meados de 2018, mais de 260 mil pessoas faleceram em decorrência de doenças do coração, informou a Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI), ao divulgar a campanha Coração Alerta.

Todos esses dados mostram que as doenças cardiovasculares afetam muita gente, de forma letal, no Brasil e no mundo. Por isso, a importância dos monitores cardíacos, para além dos cuidados com a saúde  alimentação são fundamentais para escapar de alguma doença cardiovascular.  Segundo dados da SBC, os atendimentos de emergências cardiovasculares nos hospitais do Brasil são 82,2% maiores do que os procedimentos agendados.


Antes de falar sobre como evitar as doenças cardiovasculares, é importante mostrar como o corpo se manifesta. Perda da força muscular ou da visão, náusea, dificuldade para falar, tonturas, dor de cabeça, formigamento em um dos lados do corpo, vômito e alteração de memória são sintomas atrelados ao AVC. Já dores no peito, falta de ar, suor frio e náuseas são sintomas que correspondem mais diretamente ao infarto.

Os fatores mais comuns de risco para doenças cardiovasculares são Hipertensão (pressão alta), tabagismo, sedentarismo, colesterol ruim alto, diabetes, obesidade, exposição excessiva a situações de estresse, uso de substâncias psicoativas, além do histórico familiar.

Para além da hereditariedade, os outros fatores podem ser modificados, informa Fernando Costa, da SBC, em entrevista à Agência Brasil. “Obesidade, circunferência abdominal, sedentarismo, hipertensão, diabetes e colesterol. Posso modificá-los, não posso? Tomo remédio, faço exercício. Quando você não modifica isso, há o que chamamos de estresse oxidativo. Isso causa um problema no vaso, nas artérias, principalmente”, afirmou.


Um estudo da
Universidade Tufts, nos Estados Unidos, cruzou dados mundiais de consumo de frutas e legumes com as notificações de mortes em decorrência de doenças cardiovasculares ao longo de 2010. Segundo reportagem da BBC Brasil, a pesquisa mostra que uma em cada sete mortes do tipo pode ser atribuída ao fato de a pessoa não ter ingerido fruta suficiente. E uma em cada 12 mortes também por problemas cardiovasculares seriam resultado de falta de legumes e verduras suficientes.

“Nossa pesquisa indica a necessidade de expandir os esforços para aumentar a disponibilidade e o consumo de alimentos protetores, como frutas e vegetais. Frutas, legumes e verduras são componentes modificáveis da dieta humana que podem afetar as mortes evitáveis globalmente.”, afirmou à BBC News Brasil a especialista em nutrição Victoria Miller.


Além da alimentação, a atividade física também é importante. O Ministério da Saúde divulgou, em julho deste ano, uma atualização da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).

Os dados mostraram o aumento, na comparação de 2009 com 2018, relativa à parcela da população que se exercita no tempo livre. No período analisado, a proporção subiu de 30,3% para 38,1%.


Muitos casos de infarto podem ser prevenidos com uma dieta adequada, atividade física e controle do peso. Além disso, com a prevenção de doenças como diabetes, aterosclerose, dislipidemia, aterosclerose e hipertensão”, afirmou Audes Feitosa, presidente da Sociedade Pernambucana de Cardiologia (SBC/PE), em entrevista ao jornal Diário de Pernambuco.

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