É grande o crescimento na procura de pessoas com sintomas da síndrome gripal H3N2 nas unidades de saúde espalhadas por todo Brasil, o que vem causando grandes filas e demora no atendimento.
Mesmo antes da pandemia do novo coronavírus, era essencial estar atento aos sintomas de uma gripe, tendo um acompanhamento médico capaz de indicar os melhores tratamentos — tanto para o alívio dos sintomas quanto para evitar a progressão da doença.
Apenas uma avaliação médica é capaz de identificar cada quadro e indicar as direções corretas para cada pessoa. Neste momento, é importante ficar atento à evolução dos sintomas, especialmente após os primeiros cinco dias. E para os pacientes de risco, a indicação é buscar um profissional em casos de febre, prostração e falta de apetite (que pode levar a uma rápida e perigosa desidratação).
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o H3N2 é um dos subtipos do vírus influenza A. Também conhecida como vírus do tipo A, é um dos principais responsáveis pela gripe e pelos resfriados. Assim como ocorre com o coronavírus, o vírus H3N2 é facilmente transmitido de pessoa para pessoa, através de gotículas expelidas pela tosse, espirro ou fala. Daí a importância de utilizar máscaras em ambientes fechados e manter os hábitos adquiridos ao longo da pandemia de coronavírus, como lavar as mãos com frequência e manter distanciamento social.
O que é a H2N3
Assim como o H1N1, o H3N2 é um subtipo de influenza vírus A. O vírus não é novo, mas começou a circular com mais intensidade no Hemisfério Norte nos últimos meses, o que levou a OMS (Organização Mundial da Saúde) a incluí-lo, em setembro, nas recomendações para atualização das vacinas contra influenza para 2022 no Hemisfério Sul. Entre os sintomas causados, estão quadro agudo de mal-estar, febre alta e prostração.
Diante do risco de um surto de gripe causado pelo H3N2, o secretário Jackson Machado chamou a atenção da população para a necessidade de procurar pela vacina contra a influenza.
SINTOMAS DA H3N2
Saiba como diferenciar os sintomas da gripe e da Covid-19 em meio ao surto e à pandemia
Os sintomas da Influenza A (H3N2) são parecidos aos de uma gripe comum: febre alta com início agudo, cefaleia, dores articulares, constipação nasal e inflamação de garganta e tosse. Em alguns casos pode haver vômito e diarreia. Contudo, estas manifestações não ocorrem com frequência, sendo mais comuns em crianças.
Os sintomas clássicos da gripe sazonal são febre súbita, tosse (geralmente seca), dor de cabeça, dores musculares e articulares, mal-estar, dor de garganta e coriza. A tosse pode ser forte e durar duas ou mais semanas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
No caso do H3N2, os sintomas são os mesmos, com o potencial de causar casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em idosos e imunocomprometidos.
“O que muda, neste caso, é que o surto é considerado fora de época e é consequência do relaxamento das medidas de proteção, como o uso de máscaras”, explica o diretor do Laboratório Multipropósito do Instituto Butantan, Renato Astray.
“O problema, deste ano, é que estávamos há dois anos usando máscara e ela protege tanto contra a influenza quanto contra o SARS-CoV-2, já que ela inibe o contato com vírus respiratórios”, diz Astray.