Adoçantes artificiais podem promover obesidade

Fonte: CENÁRIOMT

Adoçantes artificiais podem promover obesidade
Adoçantes artificiais podem promover obesidade FOTO:PIXABAY

Adoçantes artificiais, como aspartame, sacarina e sucralose , surgiram há várias décadas como uma alternativa ao açúcar que poderia ajudar a combater ou prevenir a obesidade e o diabetes.

No entanto, cada vez mais estudos questionam não apenas sua eficácia, mas também seu impacto na saúde. 

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Falamos sobre os dados mais recentes que os cientistas estão manipulando e as diferentes linhas de pesquisa em que estão trabalhando para explicar por que os adoçantes podem promover a obesidade e vários distúrbios associados a ela.

NÃO AJUDA A PERDER PESO

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Manitoba (Canadá) analisou mais de 11 mil estudos publicados nos últimos anos. Entre eles, decidiram focar seu trabalho na revisão de sete ensaios clínicos e 30 estudos de longo prazo.

Dados de ensaios clínicos revelaram que o consumo de adoçantes artificiais não levou a uma perda de peso significativa nas mais de 1.000 pessoas que participaram dos ensaios. Os substitutos do açúcar não tiveram impacto no índice de massa corporal (IMC) dos participantes.

O índice de massa corporal é uma das ferramentas utilizadas para saber se uma pessoa tem um peso adequado. É calculado dividindo o peso (em quilogramas) pela altura (em metros) ao quadrado. No caso de um adulto, se o resultado for igual ou superior a 25, considera-se excesso de peso. E se for igual ou superior a 30, obesidade.

O consumo de adoçante não melhorou o índice de massa corporal

“Os ensaios clínicos são considerados o padrão da pesquisa médica”, explica a Dra. Meghan Azad, chefe do trabalho e professora desta universidade canadense. Assim, os dados foram considerados importantes o suficiente para também analisar o que aconteceu em estudos de longo prazo.

MAIS OBESIDADE E DOENÇAS RELACIONADAS

Os cientistas revisaram dados de mais de 400.000 pessoas que participaram desses 30 estudos e que foram acompanhadas por uma média de 10 anos. E o que eles descobriram foi que o consumo de adoçantes não só não contribui para a perda de peso, mas que a longo prazo pode promover a obesidade.

  • Embora sejam necessárias mais pesquisas para provar a relação causa-efeito, os autores desta revisão descobriram que os participantes que consumiam regularmente adoçantes artificiais tinham um risco maior a longo prazo de sofrer de doenças relacionadas à obesidade, como hipertensão, diabetes tipo 2 e doenças cardíacas. doença.

RISCO DE SÍNDROME METABÓLICA

No entanto, a pesquisa canadense não está sozinha nos possíveis perigos dos adoçantes artificiais. “Não são estudos isolados, mas revisões sistemáticas de todos os estudos publicados sobre o assunto realizados entre 2016 e 2017”, confirma Eduard Baladia, do Journal of Scientific Evidence da Academia Espanhola de Nutrição e Dietética.

Além do aumento do peso corporal, “estes estudos de revisão apontam também para uma possível relação entre o consumo de adoçantes não calóricos e o aumento da síndrome metabólica e doenças cardiovasculares, entre outras”, acrescenta esta nutricionista-nutricionista.

Hipertensão, pré-diabetes e gordura abdominal aumentam risco cardíaco

A síndrome metabólica é um grupo de distúrbios que aumentam o risco de doenças cardíacas e diabetes tipo 2. É caracterizada por:

  • Hipertensão arterial.
  • Glicemia alta (pré-diabetes).
  • Níveis elevados de triglicerídeos.
  • Níveis baixos de colesterol “bom” ou HDL.
  • Excesso de gordura na região abdominal, ao redor da cintura.

Vários dos estudos comentados por Baladia foram realizados sobre o consumo de refrigerantes e sugerem que tanto os que contêm açúcar quanto os adoçados artificialmente estariam associados a um maior risco de sofrer dessas patologias. “O maior consumo de adoçantes é por meio de bebidas adoçadas e energéticos”, alerta o especialista.

  • Por isso, para evitar possíveis riscos, ele aconselha “voltar ao consumo de água, rever todos os comportamentos não saudáveis ​​e modificá-los aos poucos, nas mãos de um especialista”.

POR QUE OS ADOÇANTES PODEM AFETAR DESSA MANEIRA?

Embora o mecanismo pelo qual os adoçantes artificiais favoreceriam esses distúrbios ainda não seja muito claro, a pesquisadora canadense Meghan Azad aponta várias hipóteses sobre as quais estão trabalhando:

  • Eles mudam o sabor. Apesar de não serem calóricos, os adoçantes artificiais adoçam muito mais que o açúcar. O aspartame, por exemplo, é 150 a 200 vezes mais doce que o açúcar. Por isso, segundo Azad, seu consumo pode estimular o desejo por doces.
  • relaxamento de hábitos As pessoas que costumam ingerir adoçantes artificiais ou produtos que os contêm tendem a pensar que compensam outros alimentos não saudáveis ​​ou que podem ingerir mais “porque não têm calorias”. Para o nutricionista-nutricionista Eduard Baladia, “a explicação mais provável é que as pessoas que optam por consumir bebidas açucaradas, por exemplo, têm um estilo de vida pior”.

Embora não tenham calorias, os adoçantes são muito mais doces que o açúcar

  • Eles alteram a flora intestinal. Essa outra teoria sustenta que os adoçantes artificiais podem modificar as bactérias intestinais e a maneira como elas intervêm na digestão dos alimentos, afetando o metabolismo do corpo. “É possível que as pessoas que ingerem muitos adoçantes não calóricos, como muitas vezes se consomem muitas bebidas açucaradas, vejam a flora intestinal mudar e, consequentemente, os marcadores metabólicos alterados”, explica Baladia, embora acredite que esta hipótese é menos provável.

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Sou Dayelle Ribeiro, redatora do portal CenárioMT, onde compartilho diariamente as principais notícias que agitam o cotidiano das cidades de Mato Grosso. Com um olhar atento para os eventos locais, meu objetivo é informar e conectar as pessoas com o que acontece em suas cidades. Acredito no poder da informação como ferramenta de transformação e estou sempre em busca de trazer conteúdo relevante e atualizado para nossos leitores. Vamos juntos explorar as histórias que moldam nosso estado!