A ansiedade é uma emoção caracterizada por sentimentos de tensão, preocupação, insegurança, normalmente acompanhados por alterações físicas como o aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca, sudorese, secura da boca, tremores e tonturas. Quando o estado ansioso ocorre por muito tempo ou com muita frequência, torna-se patologia que pode levar a ataques de pânico.
Por ser algo irracional, que parece superar a vontade humana em momentos de maior fragilidade, seja por depressão, medo ou ansiedade, os ataques de pânico acontecem a qualquer época do dia, deixando o próprio e indivíduos em redor, na maioria das vezes, sem saber o que fazer.
A revista Veja apontou sete passos para ajudar (a si ou ao próximo) da próxima que se deparar com a situação.
Ataque de pânico?
Perceba o corpo: O ataque é passageiro. É importante focar nesta ideia de controle sobre o próprio corpo.
Respire: Forcar-se na própria respiração pode ser o suficiente para se sentir melhor. À medida que passa, abstrai-se de outras situações. Ao mesmo tempo, obriga o corpo a baixar a frequência cardíaca.
Relaxe os músculos: Concentre-se nos próprios músculos e tente desprendê-los. Atém das vantagens físicas, é mais um método com o qual se pode abstrair.
Limite os estímulos: É preciso conhecer o corpo. Ambientes com muitas pessoas e barulho não são os mais indicados, por isso, em momentos de maior ansiedade, no qual se prevê um ataque de ansiedade, o melhor será procurar um espaço mais silencioso, com poucas pessoas e se possível, escuro. Lá, foque-se nos exercícios de respiração e relaxamento muscular.
Escreva: Diz um estudo apresentado no SAGE Journals que escrever os pensamentos para posteriormente rasgar a folha e jogar fora é uma boa forma de tornar os medos e ansiedades em algo material que pode, depois, ser descartado.
Esqueça o café: Cafeína em excesso deixa o corpo mais acelerado, o que pode funcionar como um estímulo para um estado de maior ansiedade. Optar por bebidas que afetem menos a frequência cardíaca e que mantenham a hidratação é o mais aconselhado, caso tenha tendência para comportamentos de muita ansiedade.
Ouça música: Momentos de maior agitação e multidão são inevitáveis, por isso, aposte nas músicas.
Síndrome do pânico
A síndrome do pânico, ou transtorno de pânico, é caracterizada pela presença recorrente de crises de ansiedade. “A característica principal do transtorno são as crises esporádicas que duram alguns minutos e têm forte intensidade. É importante se atentar que uma pessoa pode ter uma crise em determinada situação e não ter um transtorno de pânico. Nesse caso, o que identifica a síndrome são as crises recorrentes”, explica Quirino.
No caso de Renata, foram exatamente as crises constantes que a levaram a procurar o tratamento adequado. “Na primeira crise achei que seria um episódio isolado, que nunca mais teria esses sintomas. Mas as crises se repetiram várias e várias vezes. No trabalho eu chegava a precisar sair correndo para o banheiro me sentindo muito mal enquanto estava atendendo um cliente. Inicialmente, eu passei por vários cardiologistas e fiz todos os exames possíveis. Até que um dos médicos me falou que meu problema poderia ser psicológico. Nesse momento eu procurei um psiquiatra e tive o diagnóstico. Desde então, eu uso medicamentos, mas é uma luta diária para conseguir fazer todas as coisas”, conta.
Quando procurar o serviço de saúde?
Cordeiro explica que quando se trata de uma crise esporádica, não é necessário ir ao serviço de saúde. Mas, quando as crises são recorrentes, é importante procurar atenção médica para começar o tratamento. “Existem medicamentos para auxiliar nesse transtorno, em geral são utilizados antidepressivos, que apesar do nome e serem usados também no tratamento da depressão, também são utilizados com bastante sucesso no tratamento do transtorno de pânico. E existem também tratamentos de outras ordens, como psicoterapia que também podem ajudar“, esclarece.
Além disso, o coordenador explica ainda que é importante que pessoas com transtorno de pânico procurem tratamento para que os sintomas não piorem, já que é comum apresentar outros transtornos mentais simultâneos. “Não é incomum que pessoas com transtorno de pânico também apresentem quadros depressivos e algumas fobias. Por exemplo, pessoas que têm transtorno de pânico sem tratamento podem apresentar o que se chamamos de agorafobia. Que é uma dificuldade de se expor a situações onde ele acha que ele pode ter um ataque de pânico e não ter um acolhimento, não ter um cuidado especifico. O indivíduo começa a ficar mais isolado, com dificuldade de sair porque ele acredita que pode ter um ataque a qualquer momento”, alerta.
O SUS disponibiliza assistência psicológica aos pacientes e seus familiares por meio da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Se precisar de ajuda, procure o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) ou uma unidade de saúde da sua cidade.
Precisa conversar? Em todo o Brasil existe o CVV — Centro de Valorização da Vida, que realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias. Basta uma ligação para 141 ou, se preferir, acessar um atendente especializado on-line no site.
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