Nesta sexta-feira (15), é celebrado o Dia da República Federativa do Brasil, é considerada feriado nacional pela Lei 662, de 6 de abril de 1949, que determina a paralisação de atividades em todo o território brasileiro para celebrar este marco da história política nacional.
Segundo registros históricos, no dia 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca liderou uma tropa militar que cercou o gabinete ministerial e prendeu o Visconde de Ouro Preto, então primeiro-ministro. A monarquia, no entanto, ainda não havia sido derrubada, pois Deodoro não havia deposto o imperador, mas apenas o gabinete ministerial. Ao longo do dia, houve uma série de articulações políticas que culminaram com a proclamação oficial da República pelo vereador José do Patrocínio, no final do dia. O Brasil saía, então, de uma monarquia ‘quatrocentona’ (de quase quatro séculos) para uma República presidencialista.
A instauração da República foi resultado de um processo político que se estendeu desde a década de 1870 até 1889. Convencionou-se que a data é um momento para se pensar além do feriado e das comemorações oficiais e cívicas.
A República vive seu auge. É hoje o regime aceito pela maior parte do mundo, seja ela presidencialista ou parlamentarista. “No Brasil, onde desde 1889 o regime se chama república, só houve eleições minimamente decentes para a presidência em 1945, 1955 e 1960 – e eleições livres de 1989 para cá”, aponta o filósofo Renato Janine Ribeiro em seu livro “A República”.
República é um conceito romano, como democracia é um termo grego. Vem de ‘res publica’, coisa pública, por isso, no Ocidente, em qualquer língua, convencionou-se que republicano é “aquele que coloca o interesse público acima do interesse particular”.