A 4ª Marcha Trans & Travesti reuniu manifestantes nos Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro, com o tema “Independência não Morte”, em defesa de direitos e do fim da violência sistemática contra pessoas trans e travestis.
O ato destacou o trabalho de organizações que atuam com poucos recursos para reverter o cenário considerado o mais letal do mundo para essa população.
“Os nossos corpos seguem sendo alvo da extrema-direita que nega a nossa existência”, afirmou o coordenador-geral da marcha, Gab Van.
Entre as ações oferecidas no evento, a transexual Karyn Cruz procurou o posto da Defensoria Pública montado no local para realizar a retificação civil.
“São espaços como estes que nos proporcionam protagonismo e reafirmam nossa inserção na sociedade”, disse.
A atriz Frida Resende participou para reafirmar o orgulho de ser uma mulher travesti, ressaltando a importância do ato para liberdade e reconhecimento.
Dados do dossiê da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) mostram que a expectativa de vida dessa população é de 35 anos, muito abaixo da média nacional superior a 75 anos. Em 2024, a média de idade das vítimas de assassinato foi de 32 anos, com 78% sendo pessoas trans pretas ou pardas e quase metade entre 18 e 29 anos.
Serviços
Durante a marcha, foram disponibilizados atendimentos como retificação de nome civil, testagem rápida para ISTs e emissão de ofícios para obtenção gratuita de segunda via de documentos, em ação conjunta da Defensoria Pública e da Secretaria estadual de Saúde.






















