De janeiro a abril deste ano, 2,7 milhões de turistas estrangeiros estiveram no Brasil. O número já representa 75% do volume registrado em todo o ano de 2022. Esses turistas gastaram cerca de R$ 10 bilhões em terras brasileiras. Os dados mostram, segundo o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, que o turismo é a “grande indústria brasileira do século 21”.
“Precisamos aproximar o debate do turismo do debate da economia, do emprego, do desenvolvimento. Turismo não é só lazer, está associado a trabalho, a economia, geração de emprego. O turismo é pra mim a grande indústria brasileira do século 21. E o Brasil tem um enorme potencial turístico”, disse Marcelo Freixo em entrevista ao programa Brasil em Pauta, que vai ao ar neste domingo (18), às 22h30, na TV Brasil.
“Qual é a atividade econômica que, em quatro meses, deixa R$ 10 bilhões no país? São poucas. Então, temos grande expectativa que o turismo gere muito emprego”, disse Freixo.
A expectativa, segundo Marcelo Freixo, é que, neste ano, o número de turistas estrangeiros no país ultrapasse os 6 milhões.
Ele disse que a Embratur trabalha em conjunto com prefeitos, governadores, gestores públicos e a iniciativa privada para capacitar e melhorar cada vez mais os serviços turísticos no Brasil. Um instrumento que auxilia nessa tarefa, segundo Freixo, é o Mapa do Turismo Brasileiro, que tem informações sobre quais cidades em cada estado têm potencial para receber turistas estrangeiros; que nacionalidades mais visitam cada local; que tipo de turismo buscam e quais a principais áreas de geração de emprego.
Informações detalhadas do mapa foram entregues ao Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome para orientar a qualificação da mão de obra localmente. “Estamos buscando que o turismo seja efetivamente uma ação de desenvolvimento econômico e social geradora de empregos e que tenha política pública”, disse.
Aumentar o número de voos internacionais para o Brasil para facilitar a vinda de estrangeiros é outra frente na qual a Embratur trabalha. Marcelo Freixo disse que conversa frequentemente com representantes de companhias aéreas e recebe deles que há interesse em ampliar o número de voos. “Quanto mais voos tivermos, mais barata a passagem vai ficar”, acredita.