Torcedor palmeirense baleado após jogo era amigo de Marcos Assunção

Fonte: G1 SP

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O torcedor do Palmeiras Dante Luiz, de 42 anos, que morreu após ser baleado na Rua Palestra Itália durante uma confusão que começou logo após o final da partida entre Palmeiras e Chelsea, pelo Mundial de Clubes, tinha como amigo de infância um ídolo do seu time de coração.

Marcos Assunção, meia que atuou pelo clube entre 2010 e 2013 e foi Campeão da Copa do Brasil em 2012, publicou em seu Instagram uma homenagem a Dante.

“Morador de Laranjeiras, onde cresci, fui um dos primeiros amigos dele. Tínhamos apenas 3 anos de diferença, jogamos videogame juntos, andávamos de carrinho de rolimã, jogávamos futebol e tive o prazer de conhecer a família dele”, escreveu o ex-jogador.

“Seu pai, seu Dirceu, era muito amigo do meu pai, e pude ver de perto o Dante crescer e ter uma família, mas infelizmente, ontem um filho perdeu um pai”, continuou.

Dante Luiz era membro da torcida organizada Mancha Alvi Verde e também fazia parte da bateria da escola de samba Mancha Verde, onde tocava cuíca.

“Lamentamos o falecimento do nosso amigo Dante Luiz, ou Dante da Cuíca, como ele gostava de ser chamado por fazer parte da nossa bateria, tocando o instrumento”, escreveu a escola de samba, em nota.

Os perfis da torcida organizada também lamentaram a morte do rapaz. “É com tristeza que comunicamos o falecimento do nosso amigo Dante, que era membro da nossa torcida e apaixonado pelo Palmeiras. Nossas condolências aos familiares.”

Ele deixou a mulher e cinco filhos.

O torcedor foi baleado no final da tarde de sábado (12), na região do tórax, ficou em estado grave e foi encaminhado ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos.

O suspeito do assassinato é o agente penitenciário José Ribeiro Apóstolo Jr. No começo da noite de sábado (12), ele foi autuado em flagrante por homicídio e detido em flagrante. Neste domingo, a Justiça de São Paulo converteu a prisão em preventiva.

A Delegacia de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade) já começou a investigar a morte do torcedor palmeirense e também a confusão perto do estádio. O objetivo agora é descobrir a motivação do crime.

“A princípio parece um acerto de contas. A gente vai saber agora no decorrer da ocorrência”, diz Cesar Saad, chefe da Drade.

Em depoimento à polícia, o suspeito de matar o torcedor do Palmeiras disse que agiu em legítima defesa.

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