A febre do Oropouche, doença causada por um vírus transmitido por mosquitos, está se espalhando rapidamente pelo Brasil. Até o início de julho, mais de 7 mil casos foram confirmados em pelo menos 16 estados, e nesta semana, São Paulo registrou seus primeiros casos na região interior.
A transmissão da doença ocorre principalmente pela picada do mosquito Culicoides paraensis, popularmente conhecido como maruim.
No ambiente silvestre, animais como bichos-preguiça e primatas atuam como hospedeiros do vírus. Já em áreas urbanas, os humanos são os principais alvos do mosquito Culex quinquefasciatus, o pernilongo comum.
Sintomas e complicações
Os sintomas da febre do Oropouche são semelhantes aos da dengue, incluindo febre alta, dor de cabeça intensa, dores musculares e nas articulações, náuseas e diarreia.
Em alguns casos, podem ocorrer complicações mais graves, como meningite e manifestações hemorrágicas. É importante destacar que a doença pode apresentar recidivas, com o retorno dos sintomas após algumas semanas.
Alerta das autoridades
O Ministério da Saúde alerta para a importância da diferenciação entre a febre do Oropouche e outras doenças como a dengue, especialmente por profissionais da saúde. A pasta recomenda que a população tome medidas preventivas para evitar a picada de mosquitos, como o uso de repelentes e roupas que cubram o corpo.
Histórico da doença da febre do Oropouche
A febre do Oropouche foi identificada pela primeira vez no Brasil em 1960, durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Desde então, casos isolados e surtos esporádicos foram registrados, principalmente na região amazônica. No entanto, o aumento significativo no número de casos em 2024 demonstra a necessidade de intensificar as ações de vigilância e controle da doença.