A síndrome de Down é uma alteração genética que acontece durante o desenvolvimento do embrião na gravidez. Pessoas com a síndrome, em vez de dois cromossomos no par 21, possuem três. Essa alteração traz consigo algumas características comuns em pessoas com Down, como olhos oblíquos, rosto arredondado, mãos pequenas, comprometimento do intelecto e algumas alterações no sistema musculoesquelético – ossos, músculos e articulações, tendões e ligamentos.
Cerca de 27% das pessoas com a síndrome apresentam alguma alteração nos ossos, músculos e articulações (de acordo com pesquisa). Isso significa que pessoas nessas condições podem ter dificuldades para se locomover, ou problemas relacionados aos pés, tornozelos e joelhos. O pé plano e o joanete são duas patologias dos pés muito comuns em pessoas com síndrome de Down. “Essas alterações acontecem especialmente porque a síndrome de Down pode levar a uma frouxidão ligamentar e hipotonia muscular, que por sua vez causam esses desalinhamentos do pé plano e joanete”, diz o especialista em pés Mateus Martinez, diretor de fisioterapia da Pés Sem Dor.
E qual o impacto disso na criança com síndrome de Down? Tanto o joanete, quanto o pé plano e outras alterações no sistema musculoesquelético que a criança possa apresentar, contribuem para uma locomoção instável, surgimento de dores e dificuldades em usar certos tipos de calçados. Crianças com problemas nos pés, quando não tratados, se tornam adultos com dores.
“As palmilhas sob medida podem resolver as dores dos membros inferiores de pessoas com síndrome de Down”, complementa Martinez. Hoje em dia, as palmilhas são conhecidas por sua eficácia em tratar de maneira não invasiva, diversas patologias e dores que afetam os pés, tornozelos e joelhos. O principal benefício da Palmilha é a eliminação das dores através da redistribuição das pressões plantares. Elas possuem curvas e elevações específicas, chamadas de correções, que aumentam a área de contato do pé com o solo e diminuem os picos de pressão na sola dos pés.