Com diagnóstico majoritariamente clínico, distúrbio provoca dor e inflamação e pode alterar a capacidade funcional da região comprometida
A Lesão por Esforço Repetitivo, conhecida como L.E.R., é uma síndrome formada por um grupo de doenças que afeta músculos, nervos e tendões principalmente dos membros superiores, além de sobrecarregar o sistema musculoesquelético.
O distúrbio provoca dor e inflamação e pode alterar a capacidade funcional da região comprometida. Ela é causada por mecanismos de agressão, que vão desde esforços repetidos continuadamente ou que exigem muita força na sua execução, até vibração, postura inadequada e estresse.
De acordo com o médico especialista em mãos, Edgar França, todo mundo confunde uma atividade de repetição com um trabalho, como a digitação. “Uma atividade doméstica pode ser uma atividade de repetição. Jogar vídeo game pode ser considerada uma atividade de repetição e qualquer atividade de repetição que leva a um problema inflamatório pode levar a esse conjunto de infecções ou doenças que a gente chama de LER”, explica.
A jornalista Renata Pacheco Tavares conta que tem a doença desde os 18 anos e, após sentir fortes dores no punho, decidiu procurar o médico. “É um problema que sempre vai e volta. Quando está muito forte tenho que tomar anti-inflamatório ou usar uma tala para imobilizar durante um tempo. Quando passa a dor, tenho que tomar cuidado para não digitar demais”, afirma.
Os principais sintomas são dor nos membros superiores e nos dedos, dificuldade para movimentá-los, formigamento, fadiga muscular, alteração da temperatura e da sensibilidade, redução do movimento e inflamação.
Nas crises agudas de dor, o tratamento inclui o uso de anti-inflamatórios e repouso. Nas fases mais avançadas da síndrome, a aplicação de corticoides na área da lesão ou por via oral, fisioterapia e intervenção cirúrgica são recursos terapêuticos que devem ser considerados. O diagnóstico é basicamente clínico. O mais importante é determinar a causa dos sintomas para escolher o tratamento adequado.