Uma mulher morreu ao passar mal depois de comer bombons que ganhou de um anônimo, junto com um buquê de flores, no dia do aniversário, no último sábado (20). A Polícia Civil do RJ investiga se a cuidadora de idosos Lindaci Viegas Batista de Carvalho, de 54 anos, foi envenenada.
Lenice Batista, irmã de Lindaci, afirma que um perito do Instituto Médico-Legal indicou, informalmente, a presença de chumbinho no corpo da vítima. Os chocolates foram apreendidos para análise. A 20ª DP (Vila Isabel) aguarda o laudo do IML com a causa da morte de Lindaci. O exame deve levar cerca de 30 dias para ficar pronto.
Segundo a família, Lindaci vinha recebendo ameaças nas redes sociais e, no sábado, atendeu uma ligação em que um motoboy avisava que havia uma entrega para ela. Desconfiada, ela pediu para deixar o pacote na loja do atual namorado, em Vila Isabel.
Lindaci retirou os bombons e seguiu para um salão de beleza. Lá, a mulher passou a ligar para parentes e amigos para descobrir quem havia enviado o presente, pois o embrulho não tinha remetente. Ela chegou a comentar com as pessoas no local que estava com medo de comer os chocolates “porque eles poderiam estar envenenados”.
Ao fazer contato com o ex-marido, Lindaci ouviu que ele havia enviado os chocolates. A notícia tranquilizou a mulher, que resolveu comê-los.
Ao sair do salão, a vítima passou mal na rua. De acordo com a irmã de Lindaci, ela entortava os braços e revirava os olhos. A cuidadora foi socorrida por policiais militares que passavam na hora e foi levada para o Hospital do Andaraí, aonde já chegou morta.
Um dos filhos de Lindaci chegou a provar do chocolate, mas cuspiu ao estranhar o gosto, segundo a tia do rapaz. Ele nada sofreu.
O enterro aconteceu nesta segunda-feira (22) no Cemitério do Catumbi. A vítima deixou dois filhos, um de 16 e outro de 17 anos.
Segundo a família, depois que Lindaci, passou mal, o ex-marido negou que tivesse enviado o bombom e afirmou que, no momento da ligação, tinha feito “uma brincadeira” com a vítima.
Lenice também disse que a relação da irmã com o ex era boa e que não desconfia dele — mas não sabe quem pode ter cometido o crime.