Ponto de visitação de fãs de todo o mundo, o túmulo de Ayrton Senna deve receber raros visitantes neste dia 1º de maio, data que marca o 26º aniversário de sua morte, aos 34 anos, em um acidente na Grande Prêmio de San Marino, na Itália. Esta é a expectativa do cemitério do Morumby, na zona sul de São Paulo, onde o corpo do ídolo do esporte brasileiro, tricampeão de Fórmula 1, está sepultado.
Os portões do cemitério estão fechados. O acesso é controlado. Na entrada, é necessário ao visitante se identificar e dizer onde vai. “Dia 1º sempre vem gente. Vamos limitar o número de pessoas e segurar o pessoal para quem for ao túmulo fazer rodízio”, conta o gerente administrativo Cláudio Mattos, que trabalha no cemitério há 33 anos. “Não acredito que venha muita gente, não. Não tem ninguém visitando cemitério por conta da quarentena”, complementa.
O movimento, conta Cláudio, continua escasso mesmo quando há sepultamentos. Ele lembra que já presenciou velórios que lotaram a área gramada do cemitério. “O que dá movimento são os velórios cheios, tem velórios que atraem cem, duzentas pessoas. Às vezes um sepultamento superlota o cemitério”. Caso do dia em que o corpo de Senna chegou ao local, trazido por carro de bombeiros. Populares se aglomeraram no portão e o caixão entrou acompanhado por um cortejo que, mesmo restrito a pessoas autorizadas, encheu o gramado.
Hoje, os velórios devem durar no máximo uma hora e já é comuns que as famílias dispensem o momento. Limitados a dez pessoas, os enterros raramente atraem mais de seis. Há casos em que não há ninguém para acompanhar. Cláudio atribui as ausências à quarentena, que entrou em vigor no dia 24 de março em todo o estado de São Paulo. A medida só deve começar a ser flexibilizada a partir do dia 11 de maio, de acordo com o governo.
Cláudio atribui as ausências à quarentena, que entrou em vigor no dia 24 de março em todo o estado de São Paulo. A medida só deve começar a ser flexibilizada a partir do dia 11 de maio, de acordo com o governo.