A pedido da Justiça, o Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (IMESC) agendou, para 12 de dezembro, um exame pericial com psiquiatras para o procurador Demétrius Oliveira Macedo, de 34 anos, que agrediu a chefe Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39, durante expediente na Prefeitura de Registro, no interior paulista, em 20 de junho deste ano. Atualmente, Demétrius está preso na Penitenciária de Tremembé (SP).
O resultado do laudo será encaminhado ao juiz que, com o resultado, dará sequência ao julgamento e encaminhamento do promotor. A defesa de Demétrius alega que o cliente sofre de esquizofrenia paranoide e dever ser internado em um hospital psiquiátrico.
Nos últimos meses, Demétrius causou uma série de tumultos dentro na penitenciária, como ter se recusado a ficar na cela, quebrado a porta com o estrado da cama e destruído a pia da cela de isolamento.
Em todos os casos foram abertas sindicâncias para investigar de mau comportamento do detento, Demétrius foi absolvido nos oito processos pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).
O advogado de defesa de Demétrius, Marco Antônio Modesto, afirmou que a absolvição ocorreu em virtude da inimputabilidade [ele não teria discernimento do que estava fazendo]. “Houve o depoimento do médico psiquiatra da unidade prisional, que trabalha para a SAP, muito esclarecedor, informando que Demétrius encontra-se em surto psicótico“.
Segundo Modesto, foram instauradas oito sindicâncias em menos de dois meses e, na apuração, foi ouvido o psiquiatra Leandro Camile Santos Gavinier, em 9 de novembro, que constatou que o quadro clínico de Demétrius é um processo de esquizofrenia paranoide.
O depoimento de Leandro é semelhante ao laudo elaborado pelo psiquiatra forense Guido Palomba, contratado pela defesa do réu.