Depois de dois anos na equipe paralímpica do Vasco da Gama, a potiguar Joana Neves decidiu voltar para Natal. As primeiras semanas de 2021 marcaram o retorno da nadadora para a equipe da Sociedade Amigos do Deficiente Físico do Rio Grande do Norte (SADEF).
“Foram dois anos excelentes no Rio de Janeiro. Não tenho nada a reclamar. Mas acabei recebendo essa proposta. E considerei que seria melhor para mim fazer essa parte final da preparação rumo a Tóquio aqui perto de casa”, disse a experiente nadadora de 33 anos.
Além da troca de clube, esse início de 2021 trouxe mais notícias boas para ela. Concorrendo com Edênia Garcia, Susana Schnarndorf e Maria Carolina Santiago, Joana foi escolhida como a melhor nadadora paralímpica da década de 2011 a 2020 no Troféu Best Swimming.
“Concorri com grandes nomes. Foi uma surpresa. Não esperava mesmo receber esse troféu. Fiquei com mais de 50% dos votos de um júri tão especializado também foi demais”, comentou a dona de quatro medalhas Paralímpicas, um bronze em Londres, e duas pratas e um bronze no Rio de Janeiro. Além dessas conquistas em Jogos Paralímpicos, ela brilhou com nove medalhas em quatro Mundiais entre os anos de 2013 e 2019 (dois ouros, duas pratas e cinco bronzes).
Em busca dos índices para Tóquio, ela já sabe bem o programa de provas que vai encarar, 100m e 200m livre, 200m medley e 50m borboleta. “Na minha classe, a S5, não existe mais o 50m livre, prova que fui campeã mundial em 2015. É uma pena, mas não adianta nadar apenas em nível nacional. Já nos 200m medley tinha conquistado um bronze no Mundial de 2013, mas fui desclassificada pela minha pernada de peito. Por isso estou treinando bastante e quero chegar forte nessa prova”, comentou a atleta que nasceu com acondrosplasia, a condição que afeta o crescimento dos ossos.
Edição: Carol Jardim