Um balão chinês misterioso apareceu nos céus do estado de Montana (EUA) na última quinta-feira (2). Desde então, China e Estados Unidos passam por uma crise diplomática para entender quais as causas e os motivos do balão ter invadido o espaço aéreo americano.
Os dois países já apresentaram suas versões sobre o ocorrido. Enquanto os EUA acreditam que era um balão de espionagem, a China alega ser um instrumento meteorológico que desviou da sua rota e viajou até o território americano.
Entenda, a seguir, o que se sabe sobre a crise diplomática entre os dois países.
Quando aconteceu?
Na última quinta-feira (2), os EUA divulgaram oficialmente que haviam detectado o balão, que, naquele momento, sobrevoava o estado de Montana. Em comunicado, o Pentágono (sede da defesa dos EUA) disse que o balão estava em território americano já há alguns dias e que vinha sendo monitorado pela aeronáutica.
O que é o objeto?
Um balão, com a parte superior branca e um aparato tecnológico acoplado na parte de baixo. Não há confirmações sobre o que era o mecanismo eletrônico e qual seria sua função.
Por que um balão?
Mesmo com caças, drones e satélites disponíveis, o governo americano alega que a China teria utilizado o balão para espionagem. Uma possível explicação para isso é a de que os balões são mais baratos e, por voarem em baixa velocidade, podem patrulhar detalhadamente a região que o remetente deseja analisar.
Por que a China fez isso?
Para alguns especialistas, a ideia é justamente mostrar aos EUA que, apesar de estarem estreitando laços, os dois países ainda podem manter uma “competição saudável”, que não apresente perigos. Outros defendem que a China queria que o balão fosse visto para demonstrar aos EUA que seu serviço de segurança aéreo ainda possui falhas e que elas poderiam ser aproveitadas por Pequim.
O que dizem os EUA?
Em um primeiro momento, Washington disse que a entrada do balão no espaço aéreo americano era um ato irresponsável e que violava a soberania americana e o direito internacional.
Depois de constatar que ele não apresentava perigo para o tráfego aéreo civil, os EUA passaram a estudar o artefato. “Pudemos estudar e escrutinar o balão e seus equipamentos, o que foi valioso”, disse um oficial do Pentágono.
O que diz a China?