Polícia interdita falso cartório de notas que funcionava no Rio

Os policiais encontraram selos de autenticação verdadeiros e já assinados por escreventes do 33º Ofício de Notas, no bairro de Campo Grande, além de documentos autenticados.

Fonte: Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

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Foto: Divulgação

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu ontem (21) quatro pessoas pelo crime de falsificação de selo ou sinal público. Elas atuavam, direta e indiretamente, em um cartório de notas que funcionava de forma irregular, em Pedra de Guaratiba, zona oeste da capital, interditado pelos agentes da Delegacia de Defraudações.

O cartório Carioca FSP – Serviços Cartoriais informava no letreiro que fornecia soluções e facilidades. Ele funcionava no centro de Pedra de Guaratiba, na Estrada da Matriz, com letreiro grande, induzindo as pessoas ao erro. O falso cartório estava instalado há quase um ano no local.

Durante o monitoramento, a equipe abordou um homem que saiu do falso cartório com um documento que possuía um selo de autenticação, com logomarcas de cartório de ofício.

Após buscas, os policiais encontraram selos de autenticação verdadeiros e já assinados por escreventes do 33º Ofício de Notas, no bairro de Campo Grande, também na zona oeste, além de documentos autenticados. A notícia inicial era de que os selos seriam falsos, mas foi verificado que eram verdadeiros, comprovando-se, assim, o desvio do cartório para a atividade ilegal.

Dois dos presos eram responsáveis pelo falso cartório e os outros dois eram escreventes do ofício de nota, que desviavam os selos.

Após a ação dos policiais, os autores foram levados à sede da especializada, onde foram formalizados os autos de prisão em flagrante.

“No decorrer da diligência, descobrimos que havia a participação de conivência de dois escreventes de um ofício de notas de um cartório verdadeiro que faziam essa parceria com o cartório ilegal e forneciam os selos já assinados de autenticação para eles não precisarem nem ir ao cartório. Essas pessoas que não tinham nenhum tipo de fé juramentada, de treinamento e capacitação para isso, tinham em posse selos de autenticação e autenticavam documentos de pessoas de boa fé”, afirmou o delegado Alan Luxardo, responsável pela investigação,

Edição: Aline Leal

Gustavo Praiado é jornalista com foco em notícias de agricultura. Com uma sólida formação acadêmica e vasta experiência no setor, Gustavo se destaca na cobertura de temas relacionados ao agronegócio, desde insumos até tendências e desafios do setor. Atualmente, ele contribui com análises e reportagens detalhadas sobre o mercado agrícola, oferecendo informações relevantes para produtores, investidores e demais profissionais da área.