A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu, nesta sexta-feira (7), o Inquérito Policial sobre a morte do casal hospedado no distrito de Monte Verde, município de Camanducaia (MG), no Sul de Minas Gerais.
De acordo com laudos periciais e toxicológico, a causa das mortes foi a intoxicação por monóxido de carbono devido ao uso inadequado da lareira em ambiente fechado.
Ainda conforme a Polícia Civil, o proprietário do chalé, um empresário de 45 anos, vai responder por homicídio culposo por negligenciar e não instruir os hóspedes acerta do uso correto da lareira.
Os corpos de Walther Reis Cleto Junior, de 51 anos e Alessandra Aparecida Campos Reis Cleto, de 49 anos, foram encontrados na manhã do dia 24 de junho e não apresentavam sinais de violência. Eles eram naturais de São José dos Campos (SP), no Vale do Paraíba.
No dia 28 de junho, o chalé foi interditado pela Prefeitura de Camanducaia. De acordo com a administração municipal, a ação visa “assegurar a integridade de todos e a investigação pelo órgão competente”.
Aquecedor de banheira estava ligado
A bomba de água do aquecedor da banheira do chalé onde o casal foi encontrado morto estava ligada quando o proprietário entrou no local. A informação consta em uma nota enviada pela Polícia Militar. A água do quarto era aquecida a gás.
A informação teria sido passada para a PM pelo dono do chalé. Ele contou que percebeu o barulho da bomba de água do aquecedor da banheira ligado por mais tempo do que o comum.
Por isso, foi ao chalé de onde vinha o barulho e bateu na porta por diversas vezes, sem ser atendido. Em seguida ligou para os números de celulares informados pelo casal hospedado e não foi atendido.
Ainda de acordo com a nota da PM, o dono do estabelecimento pegou uma chave reserva e abriu o chalé, visualizando o casal caído no chão. Já a Polícia Civil informou que a mulher foi encontrada no chão e homem deitado na cama. A banheira estava cheia.
Desde o início, a família suspeitava de intoxicação por monóxido de carbono. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, a água utilizada no banheiro, hidromassagem e chuveiro do chalé é aquecida a gás.
A Polícia Civil também informou que a lareira foi acesa pelo casal, mas estava apagada quando o dono do chalé entrou no local. Ainda de acordo com a Civil, o aquecimento do ambiente é feito apenas com a lareira.
O quarto em que o casal ficou hospedado já foi usado por mais de 100 casais, de acordo com a polícia. Inclusive, o próprio dono teria ficado hospedado no mesmo chalé coma família na mesma semana em que o casal foi encontrado morto.
As mortes
Walther Reis Cleto Junior, de 51 anos, e Alessandra Aparecida Campos Reis Cleto, de 49, chegaram ao Chalé Aroma de Jasmim, em Monte Verde, na tarde do dia 23 de junho para passar o fim de semana. De acordo com o proprietário, a última vez que foram vistos com vida foi ainda na sexta, quando receberam um saco com lenha no quarto.
Segundo a Polícia Civil, o proprietário da pousada disse que o local não tinha alvará dos Bombeiros.