Fazer frente ao aumento de fluxo nas rodovias em feriados prolongados, como as festas de fim de ano e carnaval, além das férias escolares. Esse é o propósito da Operação Rodovida, que está em vigor e segue até o dia 18 de fevereiro.
Só no feriado de Ano Novo, entre os dias 29 de dezembro e 1 de janeiro, a PRF registrou 725 acidentes. Destes, 193 considerados graves. O número de mortes caiu 25% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Ao todo, 56 pessoas morreram e 903 ficaram feridas no último feriado em acidentes nas rodovias federais.
Sobre a redução nos índices, Fernando Oliveira ressalta a importância de continuar com os cuidados. “A gente sempre precisa estar vigilante e pedindo aos condutores, a gente depende muito da conduta deles nesse resultado positivo. É proteger a vida às vezes até de quem não quer ser protegido”
Outro resultado positivo abordado pelo diretor da PRF foi na apreensão de drogas em 2023. “Batemos o recorde, apreendemos mais de 700 toneladas, um aumento em relação ao ano anterior de uns 13%. Nós temos atuado em todo o Brasil, inclusive interiorizamos as atuações que eram feitas muito fortemente em regiões de fronteira e nós aumentamos o perímetro de atuação dessas ações especializadas em combate às drogas”, destacou.
Violência policial
O Relatório Mundial sobre Direitos Humanos de 2024, realizado pela a organização não governamental Human Rights Watch (HRW), aponta que, com base nos dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2022, foram mortas por policiais em serviço e de folga 6,4 mil pessoas no país.
Sobre as medidas para frear esses números, o diretor da PRF ressaltou a implementação de mudanças na formação de policiais. “Nós mudamos a doutrina da formação na nossa academia, a Universidade da PRF (UniPRF). Fizemos justamente para trazer de volta, de forma dedicada, a disciplina de direitos humanos. Criamos a Coordenação Geral de Direitos Humanos na estrutura da Polícia Rodoviária Federal e isso tem já reflexo nos números de forma imediata”.
“Polícia se faz com inteligência, profissionalismo e limite legal, isso reflete nos nossos números. Nós não deixamos de combater o crime, tanto que nós tivemos um aumento na apreensão das drogas, enfrentamos o crime organizado no Rio de Janeiro, reduzimos o fruto a carga de forma considerável no Rio de Janeiro, e tudo isso com decréscimo grande nos nossos números de violência policial. A gente teve uma redução de quase 80%”, acrescentou Fernando Oliveira.
Sobre a utilização das câmeras corporais, o diretor destaca que é um instrumento de proteção da atividade policial, além da proteção e transparência para a sociedade. “Temos um plano piloto com 200 câmeras para serem testadas ainda nesse mês no Rio de Janeiro. A PRF vai servir de exemplo para outras corporações com a utilização da câmera e com a melhor forma possível”.
“Não se discute na Polícia Rodoviária Federal se vamos ou não utilizar câmeras: nós vamos utilizar câmeras corporais”, concluiu o diretor da PRF.