Erwin Tumiri, um dos seis sobreviventes da tragédia com o voo da Chapecoense, em 2016, voltou a se salvar de um grave acidente, desta vez terrestre. O boliviano estava em um ônibus que capotou em uma rodovia próximo a cidade de Ivirgarzama, na Bolívia, e deixou 21 vítimas fatais na madrugada desta terça-feira.
Segundo familiares, o técnico de tripulação teve lesões no joelho e arranhões nas costas, mas sem gravidade.
– Ele está estável, graças a Deus, mais uma vez ele foi salvo. Eu conversei com ele e ele disse que está bem. É com a força do Senhor, ele sempre cuida de nós e tem seu tempo – disse a irmã de Erwin, Lucia Tumiri, em entrevista ao jornal Los Tiempos.
Erwin Tumiri, técnico de aviación que sobrevivió a la tragedia de Chapecoense, se accidentó esta mañana en Bolivia.
El bus en el que viajaba cayó a un abismo y 21 personas murieron.
¿Erwin? Tuvo heridas menores y recibirá el alta médica en los próximos días. pic.twitter.com/G0vgVxFfkB
— Juan Diego Osorio Villate (@juandiosorio7) March 2, 2021
O último grave acidente de trânsito ocorreu na Bolívia em setembro passado, quando um ônibus caiu de um penhasco, deixando 19 mortos e 17 feridos.
20 muerto en #Bolivia, un bus rodó más de 150 metros, esta madrugada. pic.twitter.com/W0jY9baL5R
— RAMIRO LOJANO. 🌐 (@RAMIROLOJANOL) March 2, 2021
Tragédia da Chapecoense em 2016
Erwin Tumiri, foi um dos seis sobreviventes da tragédia da Chapecoense ocorrida há cinco anos. O voo transportava a delegação da Chapecoense, jornalistas e tripulantes para a cidade de Medellín, na Colômbia, em 28 de novembro de 2016. Das 76 pessoas que estavam na aeronave, 71 morreram. A equipe brasileira iria disputar a final da Sul-americana de futebol naquele ano.
O técnico aeronáutico boliviano, Erwin Tumiri, um dos seis sobreviventes do voo 933 da empresa LaMia, disse que os passageiros dentro do avião nunca souberam que estavam em emergência e que todos acreditavam que chegariam ao solo.
Fundada em 2009, no estado de Mérida, na Venezuela, a companhia aérea começou a operar apenas em 2014 e pouco depois transferiu sua sede para a Bolívia. Sua especialidade eram voos fretados para times de futebol da América Latina, já que oferecia flexibilidade para pousar em aeroportos remotos.
O avião que caiu era o único de sua frota em condições de operar. A falta de combustível foi a principal hipótese para explicar o desastre.