Após mais de 1 ano de investigação, a Polícia Civil, prendeu um homem, de 31 anos, suspeito de estuprar o afilhado, de 8. A prisão aconteceu nesta segunda-feira (7), na casa do homem, no bairro Novo Progresso, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações começaram em março de 2020, quando a empresa Google, nos Estados Unidos, entrou em contato com a Polícia Federal brasileira reportando que havia um relatório com mais de 100 vídeos e fotos de exploração infantil e abuso sexual armazenados no Google Fotos por uma rede de pedofilia da qual um brasileiro fazia parte.
Logo em seguida, a PF acionou a Polícia Civil de Minas Gerais para iniciar as apurações.
“Tudo começou com a quebra de dados cadastrais, como e-mail, números de telefone. Fizemos filtragem desses contatos com ajuda de operadora de telefonia e chegamos ao possível autor”, explicou Carlos Eduardo Vaz de Oliveira, delegado da 1ª delegacia de Contagem.
O delegado disse que, durante a segunda fase da investigação, o pai de uma vítima que aparecia em um vídeo sendo violentada foi localizado e ouvido pela polícia.
Na delegacia, o pai do menino reconheceu o filho nas imagens e identificou o autor do estupro como o padrinho de consagração da criança. Ele disse ao delegado que o menino havia contado da violência sexual para a família, mas a mãe dele não teria acreditado. Na época, o pai registrou um boletim de ocorrência contra o suspeito.
“Depois dessa oitiva, de provas colhidas, pedimos ao poder judiciário o mandado de busca e apreensão, além da prisão preventiva contra o homem. A Justiça atendeu o pedido e cumprimos o mandado e a prisão na casa dele”, contou Carlos Eduardo.
Segundo o delegado, no momento da prisão foi encontrado, na casa do investigado, “vasto material” como brinquedos, videogame, três celulares e quatro computadores. “Todos os eletrônicos com vídeos armazenados de violência sexual contra crianças”.
O homem confessou à polícia a autoria de um dos vídeos de estupro contra o afilhado, mas negou fazer parte de uma organização de pedofilia internacional e de ter violentado outras crianças.
“Ele se demonstrou muito frio, em momento algum se mostrou arrependido”, disse o delegado.