Durante buscas realizadas no final da tarde desta quinta-feira (25), bombeiros encontraram novos restos mortais que podem pertencer aos jovens desaparecidos em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Os remanescentes foram achados às margens do rio Capenga, de onde foram retirados os corpos de Adriel Bastos e Matheus Costa nesta semana.
Os vestígios foram encaminhados para análise do IML (Instituto Médico-Legal) de Nova Iguaçu, onde passarão por exame de DNA que vai atestar se pertencem a humanos.
As buscas pelos outros dois desaparecidos, Douglas Pampolha, de 24 anos, e Jhonatan Aleff Gomes, de 27, foram retomadas na manhã desta sexta (26) por militares do quartel de Seropédica, na Baixada Fluminense. A procura se concentra na região do rio Capenga e conta com apoio de mergulhadores e cães farejadores.
Adriel, de 24 anos, foi enterrado nesta quinta, no cemitério de Nova Iguaçu. A mãe do jovem reforçou o apelo por respostas sobre o crime. Segundo ela, no dia da morte, o rapaz havia saído com os amigos para comprar uma bicicleta para sua filha de 3 anos.
O primeiro corpo a ser localizado e identificado foi o de Matheus, de 21 anos. Ele foi identificado pela irmã por uma tatuagem que tinha em homenagem ao avô. O jovem foi sepultado na quarta (24), no cemitério de Olinda, em Nilópolis, também na Baixada.
O grupo foi sequestrado no último dia 12, enquanto ia em um carro de viagens de aplicativo até um shopping da região. Eles foram amarrados por criminosos e levados no porta-malas de outro veículo, não sendo vistos desde então.
O caso é investigado pelo setor de Descoberta de Paradeiros da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense. Uma das hipóteses é de que os amigos tenham sido assassinados por milicianos comandados por Tandera, um dos criminosos mais procurados do estado.
No sábado (20), um confronto durante uma ação da polícia em um sítio de Nova Iguaçu terminou com quatro membros da organização mortos. Entre eles, estava o irmão de Tandera, Delson Lima Neto, o Delsinho. Ele e outro suspeito, Renato Alves de Santana, o Fofo, eram apontados pelos agentes como envolvidos na morte dos jovens.