O Brasil contabiliza 87.362 localidades com presença permanente de moradores, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento, parte do Censo 2022, mostra expansão significativa em relação ao último estudo, quando haviam sido identificadas 21.886 áreas.
O mapeamento inclui cidades, vilas, núcleos urbanos, povoados, lugarejos, áreas rurais, além de comunidades indígenas, quilombolas e agrovilas. De acordo com o IBGE, o salto no número de registros decorre de melhorias técnicas, como o uso de imagens de satélite de alta resolução e metodologias mais refinadas.
O instituto destaca que a identificação não se limita a divisões político-administrativas, mas considera a forma como as pessoas vivem e nomeiam seus espaços. Para o gerente de Malha e Ordenamento Territorial do IBGE, Felipe Leitão, reconhecer essas áreas amplia a compreensão da dinâmica populacional e reforça o papel social desses territórios.
Diferenças regionais
O estudo evidencia desigualdades entre as regiões. Sul e Sudeste concentram mais localidades classificadas como urbanas, enquanto Norte e Nordeste reúnem maior número de povoados e lugarejos. Essas duas regiões também lideram em quantidade de comunidades indígenas e quilombolas, reforçando a diversidade cultural e territorial do país.
O detalhamento das informações é considerado estratégico para setores como logística, infraestrutura, turismo, saúde, educação e conservação ambiental. O IBGE ressalta que os dados servem ainda de base para pesquisas acadêmicas e para a formulação e monitoramento de políticas públicas.





















