Incêndio no Pantanal está controlado, diz Instituto Homem Pantaneiro

Fogo foi causado por fazendeiro que tentava limpar vegetação flutuante

Fonte: Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Incêndio na Serra do Amolar. Um incêndio florestal identificado neste final de semana, na região da Serra do Amolar, ganhou proporções e atingiu morrarias da serra. A primeira identificação foi feita no sábado (27/01), começo da tarde. Nesta segunda-feirar (29/01), o fogo ganhou proporções ainda maiores. Em três dias, mais de 1 mil hectares já tinham sido atingidos pelo fogo, que continua consumindo o território. . Foto: Instituto Homem Pantaneiro/Divulgação
Incêndio na Serra do Amolar. Um incêndio florestal identificado neste final de semana, na região da Serra do Amolar, ganhou proporções e atingiu morrarias da serra. A primeira identificação foi feita no sábado (27/01), começo da tarde. Nesta segunda-feirar (29/01), o fogo ganhou proporções ainda maiores. Em três dias, mais de 1 mil hectares já tinham sido atingidos pelo fogo, que continua consumindo o território. . Foto: Instituto Homem Pantaneiro/Divulgação

O incêndio que, desde o dia 27 de janeiro, estava atingindo a região da Serra do Amolar (foto), em Mato Grosso do Sul, está sob controle, mas deixou 2,7 mil hectares destruídos, em uma área considerada Patrimônio Natural da Humanidade.

Segundo o Instituto Homem Pantaneiro (IHP), “há uma situação de controle do fogo neste momento. Infelizmente, o incêndio não acabou no sentido que as cicatrizes agora ficam mais evidentes”.

Localizada no Pantanal, próxima a Corumbá, a Serra do Amolar contribui significativamente para a formação de um corredor de biodiversidade e para a proteção ambiental. Há na região interações de fatores geográficos, climáticos e ecológicos que criam ecossistemas particulares que não são encontrados em outras partes do Pantanal.

Plantas e animais

Devido a várias particularidades, incluindo os seus elementos naturais, geográficos e ecológicos, a região – com cerca de 80 km de morrarias [coletivo de morros] a quase mil quilômetros de altitude – tem potencial de abrigar espécies de plantas e animais que são de exclusividade da Serra do Amolar.

“Além disso, trata-se de um território considerado uma barreira natural para o fluxo das águas, que se difere completamente de todo o restante do bioma. Ali existe uma variedade de terrenos e paisagens, áreas com características de Mata Atlântica, de Pantanal, de Amazônia, o que resulta na sua riqueza de biodiversidade”, explica o IHP.

Segundo o instituto, o incêndio florestal teve início em 27 de janeiro, provavelmente causado por um pequeno proprietário rural da região. Ele teria iniciado o fogo quando tentava limpar uma vegetação flutuante chamada bagaceiro. Ao se aglomerar, essa vegetação cria pequenas ilhas que impedem a movimentação pelo rio.

“Ele [o fazendeiro] chegou a ser informado sobre o início das chamas, após constatação do caso na central de monitoramento que o IHP possui em Corumbá. A Polícia Militar Ambiental também foi informada sobre o registro do início do incêndio para atuar na fiscalização”, relatou, em nota, o instituto.

Edição: Kleber Sampaio

Jornalista apaixonada por astrologia, bem-estar animal e gastronomia. Atualmente, atuo como redatora no portal CenárioMT, onde me dedico a informar sobre os principais acontecimentos de Mato Grosso. Tenho experiência em rádio e sou entusiasta por tudo que envolve comunicação e cultura.