A mulher levada morta e com sinais de estrangulamento ao Hospital Samaritano, em Campinas (SP), trabalhava como gerente de uma loja de chocolates finos desde junho do ano passado. Dalila Mosciati tinha 37 anos e faria aniversário na próxima semana, segundo a Polícia Civil.
O caso ocorreu na manhã desta quarta-feira (17) e o suspeito pelo crime é o marido dela, preso após o hospital acionar a Polícia Militar, informou o Departamento de Polícia Judiciária (Deinter-2).
A prisão dele foi convertida em preventiva nesta tarde, informou o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
O perfil profissional de Dalila disponível em rede social menciona também que ela era sócia-gerente em uma empresa que atua com estampas de roupas, utilidades e decoração. Dalila era graduada em administração pela PUC-Campinas e no início da carreira fez estágios em instituições públicas.
O corpo da vítima foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) para produção de laudos. Informações sobre velório e sepultamento não foram confirmadas até esta publicação.
O caso será registrado como feminicídio pela 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). Com isso, a região já totaliza pelo menos dez crimes deste tipo desde janeiro deste ano.
O crime
Segundo o Departamento de Polícia Judiciária, o hospital informou à PM que Dalila chegou ao local sem vida, levada pelo marido, e com sinais de que o óbito teria ocorrido duas horas antes. O homem, ressaltou a polícia, informou um endereço errado e saiu por aproximadamente 30 minutos, antes de retornar ao local e mencionar que havia urinado nas calças.
Depois disso, o homem chegou a alegar que a mulher passou mal, como se tivesse engasgado, e que ele bagunçou a casa após entrar em desespero. Depois, segundo a polícia, o suspeito também contou que teria feito massagem cardíaca, a mulher não reagiu, e arrastou ela ao carro para levá-la ao hospital.