A Austrália está oferecendo o salário de 600 mil dólares ao ano (cerca de R$ 2,9 milhões) e uma casa com quatro quartos para um médico que aceite trabalhar em Quairading, no estado da Austrália Ocidental.
A cidade tem apenas 1.200 habitantes e, por muitos anos, a população local foi atendida pelo doutor Adenola Adeleye, que pretende se mudar em março deste ano.
Preocupados com a saúde das pessoas e os casos de urgência, já que não existem outras cidades a menos de uma hora de distância, as autoridades responsáveis decidiram oferecer um bom salário e moradia para qualquer clínico geral que esteja disposto a trabalhar lá.
De acordo com dados da imprensa australiana, situações desse tipo não são incomuns. O país tem um déficit de médicos e um aumento de 50% da demanda, agora que a população passa por um processo de envelhecimento.
A Associação Médica Australiana afirmou, em novembro do ano passado, que o país sofrerá com a falta de 11 mil profissionais na área da saúde geral até 2031, caso novos clínicos não sejam formados e realocados com urgência.
No caso de Quairading, a oferta dos benefícios teve efeito positivo. Até agora, a cidade recebeu 80 candidaturas, e o processo seletivo começou.
“É bastante generoso. Posso dizer que tivemos algum interesse positivo até agora”, comentou Peter Smith, presidente do conselho da cidade.