Divergência nas pesquisas eleitorais na Venezuela: Maduro vs. González urrutia

Fonte: CENÁRIOMT COM INF. AGÊNCIA BRASIL

Divergência nas pesquisas eleitorais na Venezuela
Divergência nas pesquisas eleitorais na Venezuela FOTO: @INSTAGRAM/@NICOLASMADURO

As pesquisas eleitorais na Venezuela apresentam resultados divergentes sobre o pleito presidencial marcado para o próximo domingo (28). Enquanto alguns levantamentos indicam uma vitória com ampla margem para o principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, outros sugerem que o atual presidente Nicolás Maduro, vencerá com uma margem confortável.

Institutos de pesquisa como Datincorp, Delphos e Meganálisis apontam para uma vitória de Edmundo González Urrutia, candidato da Mesa da Unidade Democrática (MUD) e apoiado por María Corina Machado. Esta, apesar de vencer as primárias da oposição, teve sua candidatura vetada por condenações judiciais. Por outro lado, pesquisas do Centro de Medição e Interpretação de Dados Estatísticos (Cmide), do Hinterlaces e do Internacional Consulting Services (ICS) indicam que Nicolás Maduro deve se reeleger para um terceiro mandato, conforme reporta a Telesur, veículo estatal do país.

A especialista Carmen Beatriz Fernández, diretora da DataStrategia, destacou os problemas na medição de votos na Venezuela, mencionando a volatilidade do eleitorado, falhas metodológicas e o uso de pseudopesquisas para desinformação e propaganda. Francisco Rodriguez, professor da Universidade de Denver, reforçou a pouca confiança nas pesquisas venezuelanas, apontando que os institutos tendem a sobrevalorizar o voto opositor. Segundo ele, ao corrigir este viés, haveria um empate técnico entre Maduro e González.

A Venezuela, dona da maior reserva comprovada de petróleo do mundo, irá às urnas com cerca de 21 milhões de eleitores para escolher o próximo presidente que governará o país de 2025 a 2031. Esta é a primeira eleição desde 2015 com a participação completa da oposição, que boicotou os pleitos anteriores desde 2017.

O país enfrenta um bloqueio financeiro e comercial desde 2017 por parte de potências como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e União Europeia, que não reconhecem a legitimidade do governo Maduro. Além disso, a Venezuela passou por uma crise econômica severa, com hiperinflação e perda de cerca de 75% do PIB, resultando na migração de mais de 7 milhões de pessoas. Desde 2021, o país vem mostrando sinais de recuperação econômica, embora os salários continuem baixos e os serviços públicos deteriorados.

O embargo econômico tem sido parcialmente flexibilizado desde 2022 e um acordo entre oposição e governo foi firmado para as eleições deste ano. No entanto, prisões de opositores recentes e a recusa de alguns candidatos da oposição em assinar um acordo para respeitar o resultado eleitoral lançam dúvidas sobre o que acontecerá após a votação.

Jornalista apaixonada por astrologia, bem-estar animal e gastronomia. Atualmente, atuo como redatora no portal CenárioMT, onde me dedico a informar sobre os principais acontecimentos de Mato Grosso. Tenho experiência em rádio e sou entusiasta por tudo que envolve comunicação e cultura.