Dia das Crianças: confira as dicas para evitar a inadimplência e o endividamento na hora de comprar os presentes

Fonte: Assessoria

Rio de Janeiro - A dona de casa Maria das Graças Benedito, 67 anos, compra presentes para o Dia da Criança no comércio da Saara (Fernando Frazão/Agência Brasil))
Rio de Janeiro - A dona de casa Maria das Graças Benedito, 67 anos, compra presentes para o Dia da Criança no comércio da Saara (Fernando Frazão/Agência Brasil))

Comemorado no dia 12 de outubro, o Dia das Crianças é uma data de extrema relevância para o varejo brasileiro. Por ser a última data comemorativa antes da chegada do Natal, costuma servir como indicativo das tendências de compra do consumidor para as festas de fim de ano. Mas a data liga também um alerta em relação aos gastos com os presentes. No ano passado, uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise mostrou que 32% dos consumidores pretendiam comprar mesmo com contas em atraso.

O dado chama a atenção para a importância das famílias manterem um planejamento financeiro mesmo diante dos apelos das crianças, do grande número de propagandas e de ofertas de brinquedos. A inadimplência no país atingiu 67,73 milhões de consumidores em agosto de 2024.

“Para quem está inadimplente, mesmo que os valores dos presentes possam parecer inofensivos, todo esforço deve ser direcionado ao pagamento das dívidas. Já para quem está com as contas em dia, a palavra de ordem é planejar os gastos, pesquisar preços e pagar à vista”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

Para boa parte dos consumidores, se manter fora da inadimplência é um desafio. Após o pagamento de uma dívida, oito em cada dez consumidores (86%) retornam para os cadastros de negativação menos de um ano após o pagamento da conta negociada. Os dados fazem parte do Indicador de Reincidência da CNDL e do SPC Brasil do mês de agosto deste ano.

“É importante que os pais ou responsáveis ensinem a criança a lidar com questões relacionadas a dinheiro desde cedo, já que isto interferirá diretamente na sua fase adulta. Se a família não tem condições de arcar com os custos dos presentes desejados, deve ter uma conversa sincera com a criança sobre as possibilidades, e evitar extrapolar o orçamento familiar. Além disto, deixar de ir acompanhado da criança ao ponto de venda pode evitar compras por impulso e stress no relacionamento, no sentido de não acatar o desejo dos pequenos”, alerta Costa.

A especialista em finanças da CNDL, Merula Borges dá dicas de como as famílias podem presentear as crianças e manter o controle dos gastos.

“Uma dica para os pais é definir previamente qual será a verba gasta para os presentes e seguir esse limite à risca. E caso queiram levar a criança, sugere-se um combinado prévio, que pode vir a ser uma alternativa saudável para evitar transtornos maiores. Em situações em que os pais tenham dificuldade de negociar com a criança, o melhor é ir às compras sozinho e seguir o planejado”, alerta Borges.

Formado em Jornalismo, possui sólida experiência em produção textual. Atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT, onde é responsável por criar conteúdos sobre política, economia e esporte regional. Além disso, foca em temas relacionados ao setor agro, contribuindo com análises e reportagens que abordam a importância e os desafios desse segmento essencial para Mato Grosso.