O presidente Mizael Conrado, 42 anos, foi reeleito presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) em Assembleia Geral Ordinária de Eleição realizada nesta segunda-feira (30) no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. O ex-atleta e multicampeão do atletismo Yohansson Nascimento, 33 anos, venceu o pleito para a função de vice, e a nadadora Edênia Garcia (classe S4), 33 anos, foi escolhida para a presidência do conselho fiscal da entidade. As funções serão exercidas de 2021 a 2025. Participaram da votação entidades esportivas com representação no movimento paralímpico e membros do conselho de atletas. Ao todo, foram 20 votos contabilizados.
Esta é a primeira vez na história do movimento paralímpico nacional que a diretoria eleita do Comitê será formada somente por atletas medalhistas. Eleito presidente pela primeira vez em 2017, Mizael Conrado, bicampeão de futebol de cinco, foi o primeiro a assumir o posto mais alto do CPB. Seu vice Yohansson se aposentou das pistas há pouco mais de um mês, quando anunciou que concorreria à vice-presidência. Ele foi campeão em Londres 2012 e tem outras cinco medalhas em Jogos Paralímpicos. Já a nadadora Edênia, que comandará o conselho fiscal, tem três medalhas na modalidade.
A posse da nova diretoria será realizada no primeiro dia útil de 2021, em 4 de janeiro. “Agradeço por mais esse voto de confiança que recebemos, além de ser mais uma demonstração da aprovação que temos da nossa gestão. Continuaremos com grandes desafios e ainda mais responsabilidades de promover o acesso de todos ao esporte paralímpico”, afirmou à equipe do CPB o paulista Mizael Conrado, que foi considerando o melhor do mundo, em 1998, no futebol de cinco.
Assista ao recado que @Mizaelconrado e @yohanssonf deixaram após a votação: pic.twitter.com/xs4gbfPy2q
— Comitê Paralímpico Brasileiro – CPB 🇧🇷 (@cpboficial) November 30, 2020
Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês), parabenizou Mizael pela reeleição. “Conrado foi brilhante em quatro anos e, desde os Jogos do Rio 2016, é possível perceber esse legado e, hoje, o movimento está mais forte do que nunca. É um orgulho muito grande para o nosso país”. Durante a sua primeira gestão (2017 a 2020) do ex-jogador de futebol de cinco, o país bateu recorde de medalhas em 2019, nos nos Jogos Parapan de Lima (Peru), e também no Mundial de Atletismo – o Brasil ficou em segundo lugar com 39 medalhas (14 ouros, 9 pratas e 16 bronzes).
O alagoano Yohansson Nascimento, eleito vice-presidente do CPB, foi ouro nos 200m em Londres 2012 pela classe T45 (para atletas com deficiência nos membros superiores), além das pratas no revezamento 4x100m em Pequim 2008, nos 400m em Londres 2012 e no revezamento 4x100m no Rio 2016. “Agradeço a todos por confiarem em meu trabalho como atleta que representou o seu país por muitos anos. A minha intenção agora é fazer com que todas as crianças com deficiência, espalhadas pelo Brasil, tenham a mesma oportunidade que eu tive. Com certeza, meu empenho agora será o dobro do que tive nas pistas”, prometeu o ex-velocista.
A nadadora Edênia Garcia (classe S4), teracampeã mundial e parapan-americana nos 50 metros costas, também agradeceu o resultado das urnas. “Muito obrigado pelo apoio e por cada um dos votos. Me deram uma grande oportunidade. Quero contribuir com o Movimento Paralímpico muito além das medalhas. Vou agir muito mais agora em prol do esporte paralímpico”.