Um relatório divulgado pelo Congresso dos Estados Unidos finalmente admite algo antes negado veementemente: que, ao menos alguns óvnis (objetos voadores não identificados), não são feitos por seres humanos.
A revelação é feita em um documento complementar da Lei de Autorização de Inteligência para o ano fiscal de 2023, que regula o orçamento dos serviços de inteligência e departamentos secretos do país. Um dos tópicos fala sobre fenômenos aeroespaciais e submarinos.
No documento, congressistas também se mostraram desapontados com o Departamento de Defesa, que caminha em “passos lentos” no esforço de identificar ameaças ao país.
“Ameaças transmídias entre domínios à segurança nacional dos Estados Unidos estão se expandindo exponencialmente”, descreve o relatório, em uma linguagem um tanto difícil de entender para quem não é burocrata.
Segundo definição criada pelo Pentágono, uma “ameaça transmídia” significa um objeto “que pode se mover da água para o mar”, ou “para o espaço de maneiras que não podem ser explicadas” pelo conhecimento humano.
Um dos casos recentes mais famosos envolveu diversos óvnis perseguidos por aviões da Marinha dos EUA, em filmagens feitas em 2004 e 2015.
Um segundo ponto levantado é de que autoridades querem distinguir óvnis criados por humanos daquele que não são.
“Objetos temporários não atribuídos, ou aqueles que são positivamente identificados como feitos pelo homem após análise, serão passados para escritórios apropriados e não devem ser considerados sob a definição de fenômenos aeroespaciais-submarinos não identificados”, diz outro trecho do documento.
No ano passado, um vídeo vazado que mostrava um óvni desaparecendo no mar foi confirmado como verdadeiro pelo Departamento de Defesa norte-americano.
Em 2019, a Marinha dos EUA afirmou que a existência de centenas de relatos de objetos voadores não-autorizados/identificados, que entraram em espaços aéreos militares e controlados nos últimos anos.