Registros apontam que desde os tempos antigos já existia o conceito de apostar, espécies de sorteios e loterias primitivas aconteciam entre os povos Hebreus, chineses, egípcios, hindus e romanos. Esses sorteios foram regularizados pelo estado, em 1538, na França, que tomou partido sob os concursos a fim de beneficiar os cofres públicos, usando-se da velha expressão “a casa sempre vence”.
Bem no começo do século XX, a maior parte dos jogos de sorte, como loterias, eram ilegais na grande maioria dos países, incluindo grande parte do continente europeu e nos EUA.
Essa ilegalidade e proibição de jogos desta modalidade persistiram até após do fim da Segunda Guerra Mundial. A partir da década de 60, com o crescimento e expansão da máfia e fundação de cassinos, loterias começaram a se tornar comuns em outros países e cantos diversos do mundo, como maneira de governos levantarem fundos adicionais aos obtidos pelos impostos.
As loterias, em sua maioria, são gerenciadas pelo próprio governo do país ou por um de seus estados ou municípios locais. Também podem ser tratadas como um imposto regressivo, na medida em que aqueles que têm mais probabilidade de comprar os bilhetes de loteria serão, tipicamente, os membros menos afluentes da sociedade. As chances extremamente pequenas de se vencer os maiores prêmios, fazem com que muitas pessoas acabam “jogando dinheiro fora” criando um novo conceito usado para descrever a loteria como “imposto sobre a estupidez“, “imposto matemático” ou “imposto voluntário”. Nomenclaturas estas que sugerem que as loterias, como forma viciante de jogo de azar, constituem um mecanismo governamental que visa arrecadar fundos, e que atrai apenas os consumidores que não conseguem perceber que o jogo é “um péssimo negócio”. De fato, a intenção das empresas que operam o setor de garantir algum lucro torna necessário que o bilhete médio tenha um valor substancialmente menor ao de seu preço, no ato da compra.
As loterias podem se dividir em determinadas maneiras. Os prêmios podem vir numa quantia fixa de dinheiro ou na forma de mercadorias ou brindes como: carros, casas e veículos distintos. Alguns organizadores, para evitar correr o risco de vender um número insuficiente de bilhetes, podem oferecer o prêmio na forma de uma porcentagem do dinheiro arrecadado. O prêmio é exclusivo quando cada bilhete possui apenas um número, diversas loterias atuais permitem que os consumidores escolham vários números em um mesmo bilhete de loteria, o que resulta na possibilidade de mais de um vencedor. Atualmente a responsável pelas loterias no Brasil é a Caixa Econômica Federal.
No Brasil, a primeira loteria de que se tem notícia foi realizada em 1784, na Vila Rica (atual Ouro Preto), capital de Minas Gerais. Com o dinheiro arrecadado foram construídos os prédios da Câmara dos Vereadores e da Cadeia Pública. A prática foi adotada em todo país, sendo que o governo dava concessões para sua exploração preferencialmente às Santas Casas, aos orfanatos e aos hospitais para evitar abusos, mas também a particulares. Foi o imperador D. Pedro II quem regulamentou o funcionamento das loterias, por meio do decreto nº 357, de 27 de abril de 1844.
Em 1961, o então presidente Jânio Quadros determinou que o Governo Federal seria o único responsável pela realização de loterias no país e que o sistema de sorteios seria administrado pela Caixa.
A Mega Sena, um dos principais jogos do Brasil. A aposta de seis números com prêmios tentadores em dinheiro surgiu no país em 1996. O primeiro prêmio da história da Mega saiu para um apostador de Salvador.
Em 2008 surgiu a Mega Sena da Virada que ocorre todos os anos no dia 31 de dezembro. Os sorteios regulares da Mega Sena são feitos duas vezes por semana, às quartas e sábados. Já no caso das apostas online em geral, hoje existem sites como o NetBet e muitos outros que cobrem milhões em apostas por dia no Brasil.