A Defesa Civil do Paraná afirmou nesta terça-feira (29) que a parte da pista da BR-376 atingida por deslizamento de terra pode desabar. O desmoronamento foi no km 669, em Guaratuba, no litoral do estado, na noite de segunda-feira (28).
Duas pessoas morreram e seis já foram resgatadas com vida. Ao menos 15 carros e seis caminhões foram carregados pela terra que deslizou sobre a rodovia.
O mau tempo dificulta as buscas, que tiveram que ser interrompidas no fim da tarde desta terça.
De acordo com o Coordenador da Defesa Civil do Paraná, coronel Fernando Shunig, o trecho da rodovia está totalmente instável.
“Essa terra tem um peso muito grande sobre a pista, e uma pista que está sobre uma região suspensa, correndo o risco, inclusive, de desabar a pista. É um cenário muito complexo de ser trabalhado.”
O comandante do Corpo de Bombeiros do Paraná, coronel Manoel de Figueiredo Junior, complementou que o local tem alto risco de novos deslizamentos.
O geólogo Renato Lima, do Centro de Apoio Científico em Desastres da Universidade Federal do Paraná (Cenacid/UFPR), avalia que o trabalho de retirada da terra só deve engrenar quando parar de chover. Ele reitera que o monitoramento das encostas deve ser feito permanentemente.
Busca por desaparecidos
A estrada está interditada nos dois sentidos. O posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) fica no km 662 da BR-376. Dali até o km 669, onde houve o deslizamento, somente pessoas e veículos que trabalham nas buscas estão autorizados a passar.
Principalmente porque, no trecho entre a unidade policial e o local da tragédia, há outros pontos com risco de deslizamento.
A Polícia Científica do Paraná (PCP) disponibilizou um telefone para atender familiares das vítimas do deslizamento. Parentes e conhecidos podem fornecer informações que possam ajudar na identificação.
O serviço funciona 24 horas pelo número: (41) 3361-7242. A orientação é que as pessoas evitem a BR-376 e busquem rotas alternativas.
O metalúrgico Thiago Iavorski afirmou à RPC que reconheceu o caminhão do cunhado nas imagens do deslizamento.
“A gente começou a receber informações pelas redes sociais, começamos a ver os vídeos, e aí, em um vídeo, a gente localizou o nosso caminhão lá embaixo. Entramos em contato com a empresa de rastreamento, e a empresa já detectou que era ele mesmo que estava lá. Só que assim… tentamos contato com hospitais, Defesa Civil, Polícia Científica, e ninguém tem posição nenhuma.”