A chuva de meteoros Delta Aquáridas do Sul terá seu pico na madrugada de sexta (29) para sábado (30) por volta das 3h30, mas as ‘estrelas cadentes’, como são popularmente conhecidos, podem começar a aparecer a partir da 1h. O fenômeno irá produzir um show de luzes com a passagem de 10 até 25 meteoros por hora no céu.
De acordo com o professor Carlos Fernando Jung, pesquisador e proprietário do Observatório Heller & Jung, uma câmera do local instalada no GeoMuseu em Gramado na direção sudeste já registrou 118 meteoros nos últimos 3 dias. “Nesta semana e na posterior ao dia 30 também poderão ser vistos muitos meteros”, conta o especialista.
Segundo a Nasa, as Delta Aquáridas estão ativas desde meados de julho e ficarão visíveis até o final de agosto.
Em relação a observação, Jung explica que não é necessário nenhum equipamento específico e que a chuva de meteoros pode ser observada a olho nu. “A melhor direção para serem visualizados é ao leste onde nasce o Sol, também a nordeste e sudeste”.
Os meteoros Delta Aquáridas são fragmentos do Cometa 96P Machholz, descoberto em 1986 por Donald Machholz. A origem do nome é em razão de o radiante — local no céu onde entram os meteoros — estar próximo a constelação de Aquário.
O primeiro meteoro da Chuva Delta Aquáridas do Sul foi registrado na madrugada desta quarta-feira (28). A ‘estrela cadente’ entrou na atmosfera a uma altitude de 96,1 Km e foi extinta a 71,3 Km. A duração foi de 1,33 segundo e, após duas explosões, ocorreu o fim.
A magnitude do corpo celeste, que indica a medida do brilho a partir de um observador na Terra, foi de -4,2, sendo considerado um fireball já que, acima de -4, o meteoro é considerado muito brilhante. O registro foi feito Observatório em Taquara e a explosão foi sobre a área de Soledade, no RS.
De acordo com o coordenador do Observatório de Astronomia da Unesp (Universidade Estadual Paulista), Rodolfo Langhi, os meteoros sempre acontecem e todas as noites é possível ver um. No entanto, a chuva de meteoros acontece quando é possível enxergar vários meteoros por hora na noite.
Langhi explica que isso ocorre porque a Terra, ao girar em volta do Sol, passa por rastros deixados por asteroides ou cometas no espaço. “São partículas pequenininhas, do tamanho de um grão de arroz. Quando elas atingem a atmosfera da terra, se queimam completamente. Isso são as chuvas.”
