Cenário da violência política de gênero e paridade na América Latina e Caribe é foco de pesquisa

Com investimento de cerca de R$ 200 mil, parceria do Ministério das Mulheres com a UFSC irá identificar os mecanismos que possibilitam a participação feminina nos espaços políticos

Fonte: AgênciaGov

Cenário da violência política de gênero e paridade na América Latina e Caribe é foco de pesquisa - Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Cenário da violência política de gênero e paridade na América Latina e Caribe é foco de pesquisa - Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Neste ano decisivo para o avanço das mulheres nos espaços de poder e decisão, o Ministério das Mulheres tem ampliado ações por mais mulheres na política. A pasta acaba de firmar uma parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para investigar e analisar as políticas para o enfrentamento à violência política de gênero, raça e etnia, em países da América Latina e Caribe. Com investimento de R$ 199,4 mil, a iniciativa também irá identificar os mecanismos legais que oportunizam o avanço das mulheres nos espaços políticos, paridade de gênero, reserva de cadeiras e as perseguições sofridas por mulheres que ocupam cargos políticos.

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, tem voltado os esforços da pasta para a raiz do problema, a misoginia. “Na arena política, as mulheres enfrentam a violência simplesmente por serem mulheres — a misoginia se expressa através da perseguição, discurso de ódio, ameaças de morte e feminicídios. Queremos, com esta pesquisa, identificar esses mecanismos para poder construir políticas efetivas de prevenção e enfrentamento”, afirma a ministra.

Entre as ações previstas ao longo da parceria está o levantamento de dados e o georreferenciamento da atuação das mulheres nos territórios durante as disputas eleitorais, com a construção do perfil das eleitas nos parlamentos e a elaboração de um Relatório Parcial Descritivo do mapeamento destes dados com interseccionalidade de gênero, raça e etnia.

Identificadas as incidências e os padrões da violência política de gênero, será possível produzir um Guia Orientador para que as mulheres latinoamericanas e caribenhas saibam como agir no enfrentamento a essa questão e também na produção de políticas públicas que permitam ampliar a atuação das parlamentares nestes países.

Essa iniciativa cumpre o importante papel de auxiliar na superação da sub-representação das mulheres na política. Em 2015, a adoção da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável estabelece Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável, entre eles acabar com todas as formas de discriminação contra todas as mulheres e meninas em toda partes. 193 Estados Membros das Nações Unidas assumiram o compromisso com a inclusão e a igualdade de gênero e o empoderamento das meninas e mulheres.

Por: Ministério das Mulheres

Jornalista apaixonada por astrologia, bem-estar animal e gastronomia. Atualmente, atuo como redatora no portal CenárioMT, onde me dedico a informar sobre os principais acontecimentos de Mato Grosso. Tenho experiência em rádio e sou entusiasta por tudo que envolve comunicação e cultura.