O ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, renunciou nesta sexta-feira (9) ao cargo de deputado. Johnson deixou o posto no parlamento depois de receber os resultados da investigação que apura declarações enganosas feitas por ele sobre o caso das festas realizadas em seu gabinete, ainda quando era premiê, durante o lockdown provocado pela pandemia da Covid-19.
Em nota, Johnson acusou os adversários de tentar expulsá-lo.
“É muito triste deixar o parlamento – pelo menos por enquanto”, disse Johnson em um comunicado. “Estou sendo forçado a sair por um pequeno punhado de pessoas, sem nenhuma evidência para apoiar suas afirmações e sem a aprovação nem mesmo dos membros do partido conservador, muito menos do eleitorado em geral”, disse.
Johnson renunciou ao cargo de primeiro-ministro em 2022 em meio a uma série de escândalos, mas permaneceu como legislador no parlamento britânico.
Partygate
Reuniões com convites enviados para mais de 100 funcionários do gabinete de Johnson ocorreram no jardim da residência oficial do governo, em Downing Street, durante um período de regras rígidas de lockdown no Reino Unido em 2020 e 2021 devido à Covid-19.
Naquela época, visitas eram proibidas e encontros de duas pessoas só podiam ocorrer ao ar livre, com distanciamento de dois metros. As imagens das festas foram divulgadas pela imprensa e revoltaram os britânicos. O caso ficou conhecido como Partygate.
A polícia investigou 12 encontros. Tanto Boris quanto sua esposa, Carrie, acabaram multados.
Esse foi um dos estopins para renúncia do cargo de primeiro-ministro britânico, em julho de 2022.