Aumento do imposto sobre pneus preocupa setor de transportes, mas comitê rejeita proposta de elevação de alíquotas

Fonte: CenarioMT

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Durante audiência na Comissão de Viação e Transportes (CVT) da Câmara dos Deputados, o superintendente de Serviços de Transporte Rodoviário e Multimodal de Cargas da ANTT, José Aires Amaral Filho, alertou sobre o impacto negativo que um aumento de imposto sobre pneus poderia causar aos transportadores, especialmente os autônomos. A proposta visava elevar a alíquota dos pneus de 16% para 35%, o que agravaria os custos de operação, já que os pneus representam cerca de 10% do custo do frete.

Amaral destacou que 94% dos transportadores possuem até três veículos, segundo o Registro Nacional dos Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC), o que caracteriza a maioria como pequenos transportadores. Para eles, o repasse de custos ao frete seria difícil, ameaçando a sustentabilidade de suas operações.

No entanto, o Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex) rejeitou a proposta de aumento das alíquotas, em decisão anunciada no dia 18 de maio. A participação da ANTT foi crucial para evitar essa medida, lembrando que a greve dos caminhoneiros em 2018 foi desencadeada pelo aumento do preço do diesel, evidenciando a vulnerabilidade do setor diante de custos adicionais.

Amaral celebrou a decisão, afirmando que ela permitirá que os caminhoneiros mantenham suas operações sem pressão extra sobre os custos, contribuindo para a estabilidade econômica. Segundo ele, o resultado da audiência demonstra a importância do diálogo e da análise técnica na criação de políticas que impactam diretamente a vida dos transportadores e a economia do país.

Formado em Jornalismo, possui sólida experiência em produção textual. Atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT, onde é responsável por criar conteúdos sobre política, economia e esporte regional. Além disso, foca em temas relacionados ao setor agro, contribuindo com análises e reportagens que abordam a importância e os desafios desse segmento essencial para Mato Grosso.