Um aluno morreu e um instrutor ficou ferido após um salto de paraquedas, em Cruz de Rebouças, distrito de Igarassu, no Grande Recife. A Polícia Civil interditou o clube de paraquedismo e trata o caso como acidente.
A família de Sérgio Eduardo Rodrigues Correia, de 54 anos, o homem que morreu, cobra providências. “Ainda queremos saber o que aconteceu”, afirmou a irmã dele, Marília Correia.
Por meio de nota, divulgada nesta quinta, a polícia informou que o salto que provocou a morte ocorreu no sábado (20). Sérgio Eduardo e o instrutor, identificado como Bruno, saíram do clube Vertical Jump e tiveram problema no pouso.
“Ele disse, quando ainda estava sendo levado para o hospital, que teria ouvido do instrutor que algo tinha dado errado”, contou Marília.
Sérgio foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Cruz de Rebouças, em Igarassu, e depois para o Hospital Miguel Arraes, em Paulista, mas teve que ser transferido para o Hospital da Restauração (HR), no Derby, na área central do Recife.
A irmã de Sérgio, Marília Correia, disse que ele sofreu três fraturas de costela e duas de vértebras, além de um problema na perna.
“Ele foi levado consciente para o hospital. Quando fizeram a cirurgia descobriram que o trauma era bem maior. ele não aguentou e morreu na terça (23)”, afirmou.
Na nota, a polícia informou que o instrutor está internado. A irmã de Sérgio Eduardo relatou que o instrutor é militar e está em um hospital das Forças Armadas, com fratura no tornozelo.
Marília afirmou, ainda, que, desde sábado, aguarda informações precisas do clube de paraquedismo sobre as circunstâncias da queda.
“A gente pediu as imagens das gravações e não nos entregaram até agora. O responsável pelo clube trouxe os objetos do meu irmão e não deixou a gente ir até lá”, declarou Marília.
De acordo com ela, Sérgio Eduardo era funcionário público e deixou uma filha, que está grávida. “É por ela que estamos lutando agora. Estamos pensando em processar a empresa. Não adianta só punir o instrutor. Queremos justiça”, afirmou.
Em entrevista por telefone, o delegado Albéres Félix, que investiga o caso, disse que realizou uma operação para apreender documentos e objetos no clube de saltos.
“Pegamos o paraquedas para fazer análise. O clube fica interditado por causa da investigação. A princípio, estamos tratando com acidente., mas podemos descobrir depois se houve imprudência, imperícia ou outro problema”, comentou.
O policial afirmou que vai usar os 30 dias de prazo para concluir o inquérito. “Estamos ouvindo as pessoas e queremos saber qual problema houve pouso”, comentou.
Na nota a polícia a Delegacia de Cruz de Rebouças “está realizando todas as diligências necessárias para o esclarecimento do fato”.