Nesta quinta-feira (15), três operações da Polícia Federal executam 105 mandados de prisão e 116 mandados de busca e apreensão contra facções criminosas e crime organizado e seus integrantes. Juntas, as operações alcançaram ramificações do crime nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Paraíba, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco-MG) deflagrou as Operações Peloponeso I e II para combater o tráfico de drogas e o crime organizado no estado de Minas Gerais. Nesta operação, estão sendo cumpridos 105 mandados de prisão preventiva e 96 mandados de busca e apreensão nas cidades mineiras de Juiz de Fora, Além Paraíba, Volta Grande e Contagem, assim como nos municípios fluminenses de Itaperuna, Carmo e Sapucaia contra pessoas ligadas a facções criminosas com atuação em vários estados.
O cumprimento de mandados de prisão também ocorrem em unidades prisionais localizadas em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. A A FICCO/MG é integrada pela Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Federal e Polícia Penal.
Além disso, houve o sequestro judicial de dois imóveis localizados no Rio de Janeiro, avaliados em R$ 1,5 milhão, e de um veículo blindado. Foi ainda determinado o bloqueio judicial de valores de 23 investigados. Dentre estes, há membros de facções criminosas com atuação no estado do Rio de Janeiro.
Entre os presos está um foragido das justiças matogrossense e tocantinense, além de lideranças regionais das facções criminosas investigadas com diversas condenações judiciais pela prática dos crimes de tráfico de drogas e integração em organização criminosa.
Um dos alvos da investigação é o líder, no estado de Minas Gerais, de uma facção criminosa do Rio de Janeiro. A ação contou com a participação de cerca de 450 policiais, integrantes das polícias Civil, Federal, Militar e Penal.
Interior de SP
Também nesta quinta, equipes da PF em Ribeirão Preto (SP), deflagraram a operação Pallium, referente às práticas de crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Os investigados organizaram uma rede de laranjas e empresas de fachada, com a finalidade de estabelecer uma estrutura financeira destinada a movimentar recursos de origem ilícita obtidos com a prática de crimes de contrabando, descaminho, tráfico de drogas, dentre outros.
Basicamente, os recursos eram depositados e remetidos através de operações entre contas pessoas físicas e jurídicas, até chegar o momento de aplicar alguma estratégia para seu envio ao exterior.
As estratégias adotadas seriam o dólar-cabo e suas variações, nas quais os reais transitados pelo sistema financeiro por meio de laranjas e empresas de fachada eram utilizados para a compensação de recursos movimentados no interesse do operador e seus clientes donos dos recursos ilícitos.
O cerne da investigação consistiu em identificar as empresas de fachada e laranjas utilizados no esquema e a forma como tudo ocorria para, ao final, requerer as medidas de busca deferidas, com o objetivo de coletar elementos de prova convergentes aos fatos investigados e indicados nas fichas de alvo.
Ao todo, foram cumpridos 20 mandados de busca em 10 cidades, localizadas nos estados de SP, MG, PE e PB e empregado o efetivo de 85 policiais federais.
Os criminosos responderão pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, lavagem ou ocultação de bens, cujas penas podem variar de 7 a 24 anos de prisão.