87% dos consumidores pretendem fazer compras na Black Friday, aponta pesquisa CNDL/SPC Brasil

Número representa crescimento de 9 pontos percentuais em relação ao ano passado. Em média, os consumidores desejam gastar R$ 1.250 na data. Roupas, calçados e cosméticos serão os produtos mais procurados

Fonte: CenárioMT com Assessoria

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Considerando o ranking geral, 48% pretendem pagar os produtos com PIX (Foto: © Marcello Casal JrAgência Brasil)

Nove em cada dez consumidores devem comprar na Black Friday 2023. É o que aponta uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com a Offerwise Pesquisas. De acordo com o levantamento, 87% dos consumidores pretendem fazer compras na data, um aumento de 9 pontos percentuais em comparação ao ano passado.

De acordo com os consumidores, a principal razão para participar da Black Friday é a oportunidade de comprar algo que já estava precisando a um preço mais baixo (73%), seguida da vontade de antecipar as compras do Natal a preços promocionais (37%) e querer aproveitar as promoções ainda que sem necessidade de comprar (21%).

A pesquisa aponta também um crescimento nos gastos dos consumidores que pretendem comprar este ano: 45% pretendem gastar mais na Black Friday deste ano comparado ao ano passado; 24%, o mesmo valor; e 23%, menos.

Entre os motivos para gastar mais se destacam: 44% por considerarem que vale a pena aproveitar a promoção, 40% economizaram ao longo do ano, 34% têm mais produtos para comprar e 27% porque o pagamento é facilitado.

“A Black Friday é uma ótima oportunidade para o consumidor adquirir um produto com grandes descontos. A data já entrou para o calendário do brasileiro, que se organiza com antecedência, fica atento aos preços, monitora as promoções e faz muita pesquisa. Prova disto é que 75% dos que pretendem comprar no evento deste ano, compraram na Black Friday de 2022 e 86% consideram que valeu a pena aproveitar as ofertas do ano passado. O varejo também se prepara com antecedência, por isso, a expectativa é de uma movimentação positiva e importante para a economia”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

O levantamento aponta que a população está atenta às promoções: 92% pretendem pesquisar preços antes das compras, principalmente para confirmar se os produtos estão realmente com preço mais baixo (56%) e para escolher a loja com os produtos mais baratos (36%). 71% começam a pesquisa de preço até 1 mês antes do evento.

A principal fonte de pesquisa são os canais online (92%), principalmente nos sites/aplicativos das lojas em que são clientes (53%) e em sites/aplicativos de comparação de preços/produtos (51%). 50% também fazem pesquisa offline, com destaque para shopping (29%) e lojas de rua (23%). 87% pesquisam sobre a reputação das lojas que planejam comprar.

Em média, os consumidores esperam encontrar descontos de 41% nos produtos ofertados. Seis em cada dez se cadastraram ou pretendem se cadastrar em sites e 63% pretendem se manter conectados durante o trabalho para se inteirar das melhores ofertas (60%). Para garantir a compra dos produtos, 18% vão madrugar na porta das lojas, e 45% planejam passar a madrugada na internet.

Os produtos que os consumidores mais estão evitando comprar agora para poderem comprar na Black Friday são: artigos de vestuário (24%), eletrônicos (17%), eletrodomésticos (16%), celular (16%) e artigos para a casa (15%).

Consumidores pretendem adquirir 3,6 produtos. Média dos gastos será de R$ 1.250

Os produtos mais desejados nesta Black Friday são as roupas (46%), calçados (39%), cosméticos e perfumes (27%), eletrodomésticos (27%), e artigos para a casa (21%). A média de gastos será de R$ 1.250,00, R$ 89 a mais que em 2022. Em média, os consumidores pretendem comprar 3,6 produtos.

O pagamento à vista lidera a preferência dos consumidores (79%). Considerando o ranking geral, 48% pretendem pagar os produtos com PIX, 48% com cartão de crédito parcelado, 28% com cartão de débito e 24% com cartão de crédito à vista.

As lojas online serão escolhidas por 85% dos consumidores, com destaque para os sites e aplicativos de varejistas nacionais (50%), os sites e aplicativos internacionais (43%) e sites de lojas de departamento (30%). Já 56% vão optar pelas lojas físicas, sobretudo os shoppings (29%).

Entre aqueles que pretendem comprar em sites internacionais: 84% devem optar pela Shopee; 70%, Amazon; e 55%, Shein.

Considerando os que compram em sites brasileiros e chineses, 50% dos consumidores priorizam lojas nacionais, 35% não observam a origem da loja (nacional ou internacional) e 10% priorizam as lojas chinesas.

Na escolha do local de compra, 38% dão preferência para lojas que já fizeram compras e ficaram satisfeitos, 36% fazem pesquisa de preços e escolhem o local mais barato e 34% priorizam lojas com frete grátis.

A maioria pretende comprar na semana da Black Friday (56%), 22% pretendem comprar no dia do evento e 14% vão antecipar para a primeira quinzena de novembro.

25% costumam gastar mais do que podem na Black Friday. 25% possuem contas atrasadas

O consumidor deve se manter atento para evitar endividamentos. De acordo com a pesquisa, 25% admitem que costumam gastar mais do que podem no evento e 9% pretendem deixar de pagar alguma conta para gastar na Black Friday deste ano.

Outro dado que merece destaque aponta que 25% dos que pretendem fazer compras na Black Friday estão com o pagamento de contas em atraso, sendo que 70% destes consumidores estão negativados.

“Apesar das promoções, o consumidor não pode cair na tentação e acabar se endividando por causa das compras. O fim de ano é sempre um momento de muitos gastos e a prioridade deve ser sempre manter o orçamento familiar em dia”, destaca Costa.

Formado em Jornalismo, possui sólida experiência em produção textual. Atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT, onde é responsável por criar conteúdos sobre política, economia e esporte regional. Além disso, foca em temas relacionados ao setor agro, contribuindo com análises e reportagens que abordam a importância e os desafios desse segmento essencial para Mato Grosso.