Você já viu chocalho de escorpião?; ASSISTA

Fonte: CenarioMT

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Você já ouviu falar que escorpião tem chocalho? Se sua resposta é não, não se preocupe, pois muita gente também não sabia disso.

Ao menos é o que garante Haroldo BauerO Rei das Serpentes.

No vídeo a seguir, a qual está disponível no canal do Rei das Serpentes n Youtube, Haroldo mostra o chocalho do escorpião-amarelo.

O especialista está em uma área rural no sertão pernambucano, onde vai ao encontro desses animais tão temidos pela população. Não é por menos, pois a ferroada e a toxina do escorpião pode levar uma pessoa a morte.

Durante o manuseio com o escorpião, Haroldo acabou sendo picado. Assista:

YouTube video

O Escorpião

Tityus serrulatus, conhecido popularmente como escorpião-amarelo, é um escorpião típico do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil; é a principal espécie que causa acidentes graves, com registro de óbitos, principalmente em crianças.

Possui as pernas e a cauda amarelo-claro e o tronco escuro. A denominação da especie é devida à presença de uma serrilha nos 3° e 4° anéis da cauda. Mede até 7 cm de comprimento. Sua reprodução é partenogenética, na qual cada mãe tem aproximadamente dois partos com, em média, 20 filhotes cada, por ano, chegando a 160 filhotes durante a vida.

Devido aos hábitos domiciliares e à periculosidade da picada é responsável pela maioria dos acidentes escorpiônicos verificados no Brasil em região urbana, devido ainda à grande expansão de distribuição nos últimos 25 anos.

Os escorpiões não são animais ovíparos

O período de gestação é variado mas, em geral, dura três meses para o gênero Tityus. Durante o parto, a fêmea eleva o corpo e faz um “cesto” com as pernas dianteiras, apoiando-se nas posteriores.

Os filhotes recém-nascidos sobem no dorso da mãe através do cesto e ali permanecem por alguns dias quando, então, realizam a primeira troca de pele. Passados mais alguns dias, abandonam o dorso da mãe e passam a ter vida independente.

O período entre o nascimento e a dispersão dos filhotes varia bastante. Para Tityus serrulatus é de aproximadamente 14 dias. Os escorpiões trocam de pele periodicamente, em um processo denominado ecdise; a pele antiga é a exúvia. Passam por um número limitado de mudas até a maturidade sexual, quando então param de crescer.

A espécie T. serrulatus possui uma característica peculiar entre os escorpiões que é a partenogênese, ou seja, a capacidade de se reproduzir sem que haja fecundação, não havendo necessidade de um casal. Tal fato possibilita que um único espécime transportado para um novo local possa se reproduzir e desenvolver uma colônia.. Este fenômeno facilita sua dispersão; por causa da adaptação a qualquer ambiente.

Além disso, a introdução de T. serrulatus em um ambiente pode levar ao desaparecimento de outras espécies de escorpiões devido à competição.

Por muito tempo julgou-se que a espécie era exclusivamente partenogênica, mas recentemente foi descoberta uma população com a divisão de gêneros e reprodução sexuada, no norte do estado de Minas Gerais e na Bahia.

A peçonha de todos os escorpiões tem efeito neurotóxico, ou seja, age no sistema nervoso. A picada é extremamente dolorosa, provoca dor intensa no local afetado e se dispersa por todo o corpo, levando a vítima a um estado de hiperestesia, fazendo com que o doente fique extremamente sensível ao menor toque em todo o corpo.

A peçonha de todos os escorpiões tem efeito neurotóxico, ou seja, age no sistema nervoso.
Escorpiões de cauda gorda são nativos do Egito e um dos mais perigosos do mundo

A ação neurotrópica da peçonha age sobre o bulbo (medula oblonga) região importantíssima do encéfalo que controla os movimentos respiratórios e cardíacos, além dos movimentos peristálticos, mas sua ação é específica sobre a região do bulbo controladora da respiração, o que faz com que a vítima morra por parada respiratória.

Os contatos entre seres humanos e o Tityus serrulatus são muito frequentes. O detalhe é que esse escorpião por natureza ataca ao homem ao se sentir ameaçado. Em casos de acidente recomenda-se não “sugar” o veneno do local acidentado, não fazer torniquete, incisões ou cutucar o local, para não agravar a situação. Deve-se procurar um médico, e sempre que possível levar o escorpião junto.

Recomenda-se também que ao encontrar um escorpião não se tente pegá-lo com a mão – ele pode picar – mas sim chamar um técnico do Centro de Controle de Zoonoses e só em ultimo caso tentar capturá-lo, usando luvas de couro, calçados grossos e fechados, calça e camisa de manga comprida, algum objeto como uma pá de recolher lixo e uma vassoura.

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Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre a região norte de Mato Grosso.