Um vídeo que circula nas redes sociais, mostra uma cobra sucuri devorando um tatu dentro de um pequeno córrego.
Alguém que passava de carro nas mediações, percebeu a situação e resolveu filmar o incrível flagrante da natureza. No vídeo foi possível observar que a sucuri tem certa dificuldade em engolir o tatu, principalmente pelo caco do animal.
Quem são as sucuris
De habito semiaquático, as cobras sucuris (Eunectes) são endêmicas da América do sul e podem ser divididas em quatro espécies:
Eunectes notaeus, a sucuri-amarela, endêmica da zona do pantanal; eunectes murinus, a sucuri-verde, a maior e mais conhecida, ocorrendo em áreas alagadas da região do cerrado e da amazônia, sendo que, neste último bioma, os animais costumam alcançar tamanhos maiores; eunectes deschauenseei, a sucuri-malhada, ocorre na ilha de Marajó e na Guiana Francesa, bem como em algumas outras partes da Amazônia e Eunectes Eeniensis, a sucuri-da-bolívia.
Uma das principais características das cobras sucuris, além do tamanho que chama a atenção, é o dimorfismo sexual, ou seja, nas quatro espécies, as fêmeas são maiores que os machos.
Quando está no período de acasalamento, a sucuri libera feromônios para atrair machos para reprodução, o que pode resultar na aproximação de vários machos. A fêmea acaba por escolher apenas um para se reproduzir.
A troca de pele nas cobras sucuris é um processo biológico e necessário para o seu crescimento.
“A pele das cobras é coberta por escamas que são compostas de queratina, e elas realizam essa troca para poder expandir seu corpo”, explica Erika Hayashi, médica veterinária especializada em animais silvestres e pets exóticos, da clínica e hospedagem de animais silvestres, paraíso silvestre, na grande São Paulo (SP).
Essa troca de pele recebe o nome de ecdise, podendo ocorrer até cinco vezes no mesmo ano. São necessários alguns fatores para a ocorrência, como por exemplo: saúde e idade do animal, alimentação e condições do meio ambiente, como temperatura e umidade.
Saiba mais sobre o tatu peba
O tatupeba (nome científico: Euphractus sexcinctus), também conhecido como papa-defunto, peba, peludo, tatu-cascudo, tatu-de-mão-amarela, tatu-peludo, tatupeva e tatupoiú é um tatu da América do Sul encontrado em grande parte do Brasil, norte da Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Suriname.
Único membro existente de seu gênero, foi descrito pela primeira vez pelo zoólogo sueco Carlos Lineu em 1758. Tem normalmente entre 40 e 50 centímetros de comprimento da cabeça e do corpo e pesa 3,2 a 6,5 quilogramas (7,1 a 14,3 libras).
A carapaça (concha dura no dorso) é de amarelo pálido a marrom avermelhado, marcada por escamas de igual comprimento e escassamente coberta por pelos amarelados a brancos semelhantes a cerdas. Possui seis ou oito cintas de placas móveis e sua cabeça é cônica e achatada.
Os pés dianteiros têm cinco dedos distintos, cada um com garras moderadamente desenvolvidas. Tem cerca de 5 subespécies, cada uma com determinadas variações na sua aparência.
Os tatu pebas são escavadores eficientes e formam tocas para viver e procurar presas. É alerta e principalmente solitário. Onívoro, se alimenta de insetos, formigas, carniça e material vegetal. Devido à sua visão deficiente, confiam no olfato para detectar presas e predadores.
Os nascimentos acontecem ao longo do ano; a gestação dura de 60 a 64 dias, após os quais nasce uma ninhada de um a três. O desmame ocorre em um mês e os juvenis amadurecem por nove meses.
Habita savanas, florestas primárias e secundárias, cerrados, matagais e florestas decíduas. A União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) classifica-o como menos preocupante, e não há grandes ameaças à sua sobrevivência. Apesar disso, aparece na lista vermelha da Bahia, sobretudo devido à caça.
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