Vídeo que circula nas redes sociais mostra momento em que homem tenta capturar um jacaré e por pouco não levou a pior. O jacaré chegou a dar uma mordida de leve no pé do homem. Por pouco o réptil não abocanhou a perna da pessoa.
O registro da tentativa de resgate do jacaré aconteceu na manhã do último domingo, 18 de setembro, em Itaitinga, região metropolitana de Fortaleza (CE).
Populares filmavam o jacaré, momento em que um dos moradores tentou imobilizar o animal, usando os próprios pés. O jacaré reagiu a investida e se defendeu abrindo suas poderosas mandíbulas, mordendo o pé do homem.
Após o incidente, o jacaré foi capturado por uma equipe do Corpo de Bombeiros. Logo depois, o animal foi entregue aos cuidados de agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA.
Morador tenta capturar jacaré; VEJA
Saiba mais sobre o jacaré
O tamanho de um jacaré pode variar de 1,2 metros (jacaré-anão) até 5,5 metros (jacaré-açu), podendo pesar de seis a seiscentos quilos.
Os jacarés habitam as Américas, tendo desaparecido da Europa na era Plioceno. Na América do Norte, ocorre, somente, o gênero Alligator.
Os jacarés se diferenciam dos crocodilos por possuírem uma cabeça mais curta e mais larga, com focinhos mais avantajados. Onde Jacarés ingerem carne e peixe.
O menor jacaré é o jacaré-anão, cujo comprimento varia entre 1,2 e 1,4 metros e pesa de 6 a 7 quilogramas.
O aligátor-americano tem um tamanho médio de 3 a 4,6 metros, chegando até 5,3 metros e 400 quilogramas. O tamanho médio do jacaré-açu é de 2,8 a 4,2 metros, podendo alcançar os 6 metros e mais de 400 quilogramas.
Os nativos do Novo Mundo apreciavam a carne do jacaré e utilizavam seu couro para fazer gamelas. Os ovos do jacaré eram muitos apreciados pelos Kaxúyana do Amazonas e Pará, que os consumiam durante as refeições.
Ossos deste animal eram usados como ponta da zagaia, uma lança curta usada pelos Guató do Mato Grosso.
O jacaré era um voraz predador dos peixes eventualmente presos às armadilhas montadas pelos nativos nas pescarias. O animal também estava associado à lenda do fogo, já que se acreditava que ele engolira o fogo que o deus Tupã esquecera sobre uma pedra.
Os Kisêdjé do Mato Grosso consumiam uma grande quantidade de jacarés. Os Timucua da Geórgia e Flórida também o faziam e os Pariana e os Kayu-vicena dos rios Tocantins e Solimões estimavam a carne do jacaré feita no moquém. Os cintas-largas, de Mato Grosso e Rondônia, capturavam os jacarés arrancado-os de suas tocas nos leitos dos córregos.
Quando o nativo amazônico encontrava algum jacaré dormindo parcialmente enterrado no barro aproximava-se com cautela e colocava um pé na cabeça e outro no dorso do animal. Enterrava a mão no lodo e, puxando a pata, virava o jacaré de costas. Amarrava suas patas e boca, dominando-o.
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