Uma mulher ficou com o dedo do pé roxo e a unha amarela, após ter tido contato com um piolho-de-cobra, também conhecido por gongolo.
A pele da empresária Thassyara Vargas, de 25 anos, onde houve o contato com o animal, ficou com a coloração roxa e a unha do dedão toda amarelada.
A mulher calçou o sapato e não percebeu que o bicho estava lá dentro. Ao chegar a sua loja na Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ), a empresária sentiu um incomodo e ao tirar o calçado, notou o piolho-de-cobra.
“Matei ele, calcei o tênis novamente e segui com o meu dia. Quando eu cheguei em casa 19h da noite, quando eu tirei um tênis, vi que o meu pé estava desse jeito! Eu entrei em desespero total!! Comecei a gritar! A pedir socorro! Minha mãe me colocou no box, comecei a lavar o pé com sabão e nada dessa “mancha” sair. Liguei para o meu namorado e logo corremos para o hospital”, relatou ela em seu perfil no Instagram.
A empresária afirmou que, quando chegou ao hospital, teve que ser avaliada por três médicos até descobrir o que tinha acontecido.
“Fui informada que teria que cuidar direitinho da ferida, pois esses bichos soltam uma substância que queima a pele e essa secreção que eles soltam necrosa a pele, essa parte que está preta, pode descamar, eu posso perder a unha, mas disse que está tudo dentro do normal”, disse Thassynara.
A unha ficou amarelada por conta da toxina que o piolho-de-cobra solta.
“Estou fazendo esse alerta, para que sempre antes de colocar um sapato fechado, olhem, batam o calçado no chão, prestem muita atenção antes de calçá-los. Por favor tomem muito cuidado!!”
Na última segunda-feira (1º), o pé de Thassynara já tinha melhorado, segundo ela.
Piolho-de-cobra
Os diplópodes (Diplopoda) são uma classe do subfilo Myriapoda, vulgarmente conhecidos como piolhos-de-cobra. Vivem em ambientes húmidos, com pouca luminosidade e com material orgânico disponível para a alimentação, podendo ser carniceiros e parasitas de plantas. Outros nomes pelos quais são conhecidos incluem embuá, gongolo e variantes.
Os diplópodes são um grupo de artrópodes que se caracterizam por ter dois pares de pernas na maioria dos seus segmentos corporais e que se classificam taxonomicamente como uma classe. Cada segmento com dois pares de patas é o resultado da fusão de dois segmentos simples.
A maioria dos diplópodes tem corpos cilíndricos muito alongados ou corpos aplanados com mais de 20 segmentos, enquanto que os milípedes Oniscomorpha são mais curtos e podem enrolar-se formando uma bola. Apesar de em muitas línguas se lhes dar o nome de “milípedes” (“mil-pés”), nenhuma espécie tem realmente mil patas; o registo que se tem é da espécie de 750 patas Illacme plenipes.
Existem cerca de 12 000 espécies designadas de diplópodes, classificadas em 16 ordens e cerca de 140 famílias, o que faz com que sejam a maior classe de miriápodes, superando mesmo os quilópodes.
A maioria dos diplópodes são detritívoros, com movimentos muito lentos, que comem folhas podres caídas e outras matérias vegetais. Alguns comem fungos ou sugam fluidos de plantas, e uma pequena minoria são predadores.
Os diplópodes são geralmente inofensivos para os humanos, apesar de alguns poderem transformar-se em verdadeiras pragas nas casas ou nos jardins, principalmente em estufas, onde podem causar graves danos aos rebentos de plantas recém-nascidas.