Ser um tutor de pet vai muito além de proporcionar bem-estar aos amigos de quatro patas durante os passeios pela rua e parques, mas passa também por se atentar com a sua segurança e o respeito pelo direito de ir e vir da comunidade, para dessa forma evitar uma série de transtornos e acidentes.
Pensando nisso, na coluna dessa semana vamos dar algumas dicas de como esses passeios com cães e gatos podem ser seguros com medidas preventivas, para garantir a proteção e evitar acidentes envolvendo animais soltos nas ruas.
Animais que têm acesso à rua podem enfrentar diversos perigos
“Ao abrir o portão de casa ou permitir que gatos vivam dentro e fora de casa, os proprietários devem estar cientes dos riscos aos quais esses animais estão expostos”, destaca Bruno Alvarenga, professor de Medicina Veterinária do CEUB – Centro Universitário de Brasília.
O professor aponta que o local apropriado para animais de estimação é dentro de casa e, quando fora dela, é fundamental que estejam sob contenção ou controle adequado por parte de seus donos.
Animais que têm acesso à rua podem enfrentar diversos perigos, como doenças, envenenamentos, brigas com outros animais e até mesmo atropelamentos.
No caso de animais mais ariscos, medrosos e propensos a fugir durante os passeios, Alvarenga sugere que seja feito um processo de condicionamento gradual com o pet.
O tutor nunca deve presumir que tem controle total sobre as ações de um animal
“É importante que os animais se acostumem com coleira e guia aos poucos, começando dentro de casa e progredindo para ambientes externos com menos tráfego de carros e outros animais. O condicionamento positivo e o treinamento são métodos eficazes e importantes para criar animais bem-comportados e seguros em ambientes externos”, diz o professor.
Para garantir a segurança do animal e dos pedestres, é obrigatório o uso de guia em todos os passeios com cães. Animais de grande porte, que têm potencial para causar lesões, devem também utilizar focinheira, mesmo que sejam adestrados e obedientes.
O tutor nunca deve presumir que tem controle total sobre as ações de um animal, já que suas capacidades cognitivas são inferiores às dos humanos, portanto surpresas indesejáveis podem sempre acontecer e é preciso se prevenir.
Outro alerta importante é com a possibilidade de interações indesejadas entre cães não castrados e cadelas no cio, bem como a reação de cães a barulhos e situações inesperadas, que podem levar a acidentes e conflitos.
“Nem todas as pessoas gostam de cães e gatos, alguns têm medo. Aproximações inadequadas podem levar a reações violentas e extremas, como chutes, resultando em ferimentos nos animais”, finaliza Alvarenga. Lembramos também que o tutor pode ser responsabilizado pelos danos que eventualmente seus pets causem pelo caminho.